1999
DOI: 10.1590/s0103-65641999000200009
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Freud, Politzer, Merleau-Ponty

Abstract: O objetivo deste artigo é introduzir os primeiros contrapontos da filosofia de Merleau-Ponty com a psicanálise freudiana, ao lado da apresentação da "Crítica dos fundamentos da psicologia" (G. Politzer). Politzer critica o postulado freudiano da divisão psíquica e o postulado da semântica da linguagem convencional na determinação de todo sentido vivido. Merleau-Ponty faz uso dessas críticas para uma teoria da expressão e da existência humanas.

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“…Deve-se, ao menos, relevar o fato de esse compromisso com o PCF bem como seu ulterior engajamento na resistência (Le Goas, 2007) terem obstado o desenvolvimento de suas ideias propriamente psicológicas. Em fevereiro de 1942, Politzer é preso e torturado pela Gestapo, sendo assassinado em 23 de maio daquele mesmo ano; no momento de sua detenção, também foi arrestada a sua esposa, Maï, que foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz, onde faleceu (M. Politzer, 2013;Pardi, 2007).Na literatura nacional em psicologia, há pouca produção referenciando a obra de Politzer, do que se destacam os trabalhos de Ferreira (1997), Furlan (1999), Lordelo (2011), Mariguela (2005), Pastre (2006), Rezende, et al, (2013), Rosim (2006), e Sawaia (2007), sendo que esses dois últimos apenas mencionam o autor. A esse respeito, acrescente-se que a biografia de Politzer, escrita por seu filho Michel Politzer (2013), intitulada Les trois morts de Georges Politzer, permanece ausente na literatura psicológica nacional, o mesmo ocorrendo em relação à quase biografia escrita pelo filósofo italiano Aldo Pardi, Il sintomo e la rivoluzione: Georges Politzer crocevia tra due epoche, e publicada em 2007.…”
Section: Politzer: Um Ilustre Desconhecidounclassified
“…Deve-se, ao menos, relevar o fato de esse compromisso com o PCF bem como seu ulterior engajamento na resistência (Le Goas, 2007) terem obstado o desenvolvimento de suas ideias propriamente psicológicas. Em fevereiro de 1942, Politzer é preso e torturado pela Gestapo, sendo assassinado em 23 de maio daquele mesmo ano; no momento de sua detenção, também foi arrestada a sua esposa, Maï, que foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz, onde faleceu (M. Politzer, 2013;Pardi, 2007).Na literatura nacional em psicologia, há pouca produção referenciando a obra de Politzer, do que se destacam os trabalhos de Ferreira (1997), Furlan (1999), Lordelo (2011), Mariguela (2005), Pastre (2006), Rezende, et al, (2013), Rosim (2006), e Sawaia (2007), sendo que esses dois últimos apenas mencionam o autor. A esse respeito, acrescente-se que a biografia de Politzer, escrita por seu filho Michel Politzer (2013), intitulada Les trois morts de Georges Politzer, permanece ausente na literatura psicológica nacional, o mesmo ocorrendo em relação à quase biografia escrita pelo filósofo italiano Aldo Pardi, Il sintomo e la rivoluzione: Georges Politzer crocevia tra due epoche, e publicada em 2007.…”
Section: Politzer: Um Ilustre Desconhecidounclassified
“…Politzer (2003). Furlan (1999) refere-se a uma dupla importância desse texto, o que sustenta suas "ressonâncias" na filosofia de Merleau-Ponty: além de tratar-se de uma crítica bemsucedida de epistemologia da psicologia, o texto apresenta uma teoria da expressão original em relação às teorias filosóficas e psicológicas clássicas. A concepção da "expressividade"…”
Section: Conservação Dos Dualismosunclassified
“…Ele transita da 51 "Juntos, afeto e representação, segundo regras próprias e impessoais de funcionamento, forneceriam a explicação do comportamento humano, uma explicação que seria em terceira pessoa, porque nela não assistimos à participação central e decisiva do eu enquanto ato de apreensão e transformação desses elementos. Ora, o postulado freudiano da divisão psíquica determina, por princípio, que parte do ego é efeito de forças e representações inconscientes desconhecidas" (FURLAN, 1999). Reunamos os principais resultados obtidos até agora.…”
Section: Mas Politzer Diz Muito Claramenteunclassified
“…[...] trata-se de apontar para os limites da linguagem convencional enquanto teoria da expressão e objeto da psicologia, o que Politzer procura fazer através da psicanálise, que encontra, segundo ele, "na base dos significados coletivos convencionais, os significados individuais que já não se inserem na teleologia ordinária das relações sociais e que são reveladoras da psicologia individual" [...] "Freud," diz Politzer, "chama à narrativa convencional conteúdo manifesto, e à tradução dessa narrativa em termos de experiência individual conteúdo latente" (FURLAN, 1999).…”
Section: Ainda Politzer Cita Freud Para Estabelecer Alguma Conclusão ...unclassified