“…Deve-se, ao menos, relevar o fato de esse compromisso com o PCF bem como seu ulterior engajamento na resistência (Le Goas, 2007) terem obstado o desenvolvimento de suas ideias propriamente psicológicas. Em fevereiro de 1942, Politzer é preso e torturado pela Gestapo, sendo assassinado em 23 de maio daquele mesmo ano; no momento de sua detenção, também foi arrestada a sua esposa, Maï, que foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz, onde faleceu (M. Politzer, 2013;Pardi, 2007).Na literatura nacional em psicologia, há pouca produção referenciando a obra de Politzer, do que se destacam os trabalhos de Ferreira (1997), Furlan (1999), Lordelo (2011), Mariguela (2005), Pastre (2006), Rezende, et al, (2013), Rosim (2006), e Sawaia (2007), sendo que esses dois últimos apenas mencionam o autor. A esse respeito, acrescente-se que a biografia de Politzer, escrita por seu filho Michel Politzer (2013), intitulada Les trois morts de Georges Politzer, permanece ausente na literatura psicológica nacional, o mesmo ocorrendo em relação à quase biografia escrita pelo filósofo italiano Aldo Pardi, Il sintomo e la rivoluzione: Georges Politzer crocevia tra due epoche, e publicada em 2007.…”