RESUMO.Neste artigo tratamos das análises do filósofo Maurice Merleau-Ponty acerca das teorias da psicogênese de Henri Wallon. Focalizamos os cursos que Merleau-Ponty dedicara à psicologia da criança entre 1949 e 1952. Para o filósofo, ao longo da psicogênese, a distinção do indivíduo em relação ao mundo e a outrem jamais é terminada. A infância jamais é liquidada radicalmente, pelo simples fato de que não abandonamos nossa condição corporal, nosso poder de retomar as condutas e expressões fisionômicas dos outros e das coisas. Merleau-Ponty encontra indicações neste sentido nas teorias de Wallon, principalmente nos conceitos de sociabilidade sincrética e de ultracoisas.Palavras-chave: Fenomenologia; psicogênese; Wallon. MERLEAU-PONTY AND CHILD PSYCHOLOGY: ANALYSES ON WALLON'S PSYCHOGENESISABSTRACT. In this paper we discuss the philosopher Merleau-Ponty's analyses of Henri Wallon's psychogenesis theories. We focus on courses Merleau-Ponty dedicated to child psychology between 1949 and 1952. According to the philosopher, the individual's distinction between the world and the other, along the psychogenesis, is never finished. Childhood is never radically liquidated, due to the mere fact that we do not give up our bodily condition, our ability to retrieve the other people and things' conducts and physiognomic expressions. Merleau-Ponty finds indications in that sense in Wallon's theories, mainly in the concepts of syncretic sociability and ultra-things.
O presente artigo constitui o relato de uma pesquisa cujo objetivo foi investigar a experiência vivida por pessoas com tumor cerebral e por seus familiares. Para tanto, partiu-se da assistência psicossocial oferecida em grupos de sala de espera no Ambulatório de Neurocirurgia Oncológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Sete sessões de grupo foram gravadas, transcritas e analisadas. Na investigação, orientou-se por uma perspectiva qualitativa em psicologia fundamentada na fenomenologia, particularmente, na obra de Maurice Merleau-Ponty. Na compreensão dos relatos analisados, duas questões ganharam evidência. Primeiramente, a de que a experiência do adoecimento para os pacientes é marcada pelo sentido de que a vida presente é muito diferente da de outrora. Há como que um choque entre o eu-corpo atual e o eu-corpo passado. Em segundo lugar, é notável a restrição pessoal que marca esta experiência do enfermo. Tal restrição revela-se nas perturbações da motricidade; nos temores e angústias que o assaltam; nas relações estabelecidas em família, marcadas por uma superproteção que cerceia e pela dependência em relação aos cuidados do outro; e nas experiências com o meio social extra-familiar que despertam vergonha e o ímpeto de se isolar. Quanto aos familiares, vivenciam uma intensa carga de preocupações e temores que os levam a uma atitude, por vezes, superprotetora.
Merleau-Ponty abordou um problema da tradição filosófica que se agudizou após o desenvolvimento das ciências humanas: a discordância entre a visão que o homem pode ter de si mesmo pela reflexão ou consciência e aquela que se obtém relacionando suas condutas às condições externas das quais elas dependem. Merleau-Ponty procurou resolver essa discordância à luz das próprias experiências das ciências, particularmente, da psicologia. Segundo ele, essas experiências demandam uma revisão da ontologia moderna. Neste contexto, no presente artigo, abordamos algumas facetas do diálogo estabelecido por Merleau-Ponty com a psicologia. Apresentamos uma leitura de questões tratadas, sobretudo em seus trabalhos iniciais.
RESUMO:Este estudo buscou identificar as representações de professores sobre a motivação dos alunos e o papel do erro na aprendizagem. Embasam o trabalho a teoria das Representações Sociais e a perspectiva Construtivista sobre o ensino. São analisados os dados obtidos em entrevistas semi-estruturadas com seis professores de I a . a 4 a . séries do Ensino Fundamental. Sobre a motivação, as representações giram em tomo da idéia de que o centro da atenção dos professores deveria ser o interesse do aluno, utilizando o que ele gosta como forma de atraí-lo e engajá-lo na aprendizagem. Tal concepção distancia-se da perspectiva construtivista, na qual a motivação para a aprendizagem deve ser intrínseca à tarefa do aluno. Quanto ao erro, os conceitos construtivistas estão presentes, mas sem uma apropriação aprofundada.Palavras Chaves: Representações Sociais do Professor, Construtivismo, Motivação, Erro na Aprendizagem Escolar. STUDY OF TEACHERS SOCIAL REPRESENTATIONS OF FISRT TO FOURTH ELEMENTARY SCHOOL GRADES ABOUT THE STUDENTS MOTIVATION AND THE ROLE PLAYED BY ERROR IN LEARNINGABSTRACT: This study looked for to identify the teachers' representations about the students' motivation and the role of the mistake in the learning. The work was based on the theory of the Social Representations and the Construtivistic perspective on the teaching. The analyses were based in data obtained through interviews with six teachers of first to four grade of the Elementary School. About motivation, the representations turn around the idea that the center of teachers' attention should be the student's interests, using what he likes as a way to attract and to engage him in learning. Such conception goes away from constructivistic perspective, in which the motivation for the learning should be intrinsic to the student's task. With respect to error, the construtivistic concepts are present, but without one deep appropriation of them. Key Words: Teacher's Social Representation,No contexto atual das ciências aplicadas à educação, tem-se dado crescente importância a investigações centradas no professor, particularmente sobre suas concepções acerca do processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, o presente trabalho investigou as representações dos professores sobre o aluno como sujeito do processo, destacando os temas motivação e papel dos erros na aprendizagem.Como referencial teórico, utilizou-se a Teoria das Representações Sociais, na qual os indivídu-os são vistos como sujeitos pensantes diante dos vá-rios acontecimentos cotidianos de interação social e que produzem e comunicam as representações e soluções para as mais variadas questões de seu dia-adia (Sá, 1993). As representações sociais são entendidas como um conjunto de conceitos, afirmações e
De acordo com o propósito geral de estudar longitudinalmente o uso que Merleau-Ponty faz da noção de esquema corporal em sua filosofia, no presente artigo dedicamo-nos aos seus cursos na Sorbonne, localizados em um período intermediário da sua obra. Neles, o filósofo enceta discussões acerca da corporeidade a partir da psicologia da criança e da psicanálise, tomando por eixos centrais o problema da intersubjetividade e a teoria do esquema corporal. Merleau-Ponty compreende que a aquisição de um esquema corporal uno, "total", implica um descentramento de si, de modo que o corpo próprio, o de outrem e o mundo possam se entrelaçar num "tecido relacional" que envolve inextricavelmente visibilidade e espessura intracorporal. Consideramos que nesses estudos Merleau-Ponty dá um importante passo em direção à noção de carne tal como encontrada em seus textos mais tardios.
RESUMO Ao longo da obra de Merleau-Ponty, além de conceitos filosóficos e imagens do seu pensamento, evidenciam-se alguns dispositivos teóricoantropológicos que revelam sua aproximação com as ciências humanas. Este é o caso da noção de esquema corporal. Interessados em discutir o papel que o desenvolvimento crítico desse conceito possa ter desempenhado na passagem do primeiro momento da sua obra ao período em que o filósofo vê-se em condições de esboçar uma nova ontologia, no presente artigo estudamos a presença da noção de esquema corporal na Fenomenologia da percepção. Mostramos que, neste livro, Merleau-Ponty dessubstancializa a noção em questão, que, de núcleo cognitivo organizador da nossa experiência corporal, passa a expressão da permeabilidade das partes do nosso corpo umas em relação às outras, mas, igualmente, da permeabilidade do corpo em relação ao mundo e a outrem. Palavras-chave: Merleau-Ponty; fenomenologia; esquema corporal.
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