1998
DOI: 10.1590/s0103-65641998000200006
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Apontamentos sobre ética e individualidade a partir da Mínima Moralia

Abstract: O artigo reflete sobre os conceitos de ética e de individualidade a partir da Mínima Moralia de T. W. Adorno para pensar as dimensões ética e normativa da Psicologia. Para isso recupera alguns elementos históricos do conceito de ética segundo Aristóteles, Hobbes, Rousseau e Kant para esclarecer a reflexão adorniana. A partir desta faz-se uma crítica as noções de individualidade e de autonomia no âmbito da Psicologia.

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“…Assim, caso dois homens desejassem a mesma coisa, estes lutariam a fi m de conseguir o objeto de seu desejo, e o fariam tentando destruir o outro (MAIA, 1998). Para sair desta condição, tem-se a necessidade da criação de leis que controlem o comportamento dos homens.…”
Section: Introductionunclassified
“…Assim, caso dois homens desejassem a mesma coisa, estes lutariam a fi m de conseguir o objeto de seu desejo, e o fariam tentando destruir o outro (MAIA, 1998). Para sair desta condição, tem-se a necessidade da criação de leis que controlem o comportamento dos homens.…”
Section: Introductionunclassified
“…Embora haja muito debate sobre quais seriam os fundamentos das concepções sobre certo e errado, como nós os diferenciamos e como deveríamos agir para encontrar tal diferença, na prática há elementos morais comuns a todas as sociedades, como a valorização da verdade, a importância das crianças ou o valor quase supremo da vida do próximo -sendo o motivo mais óbvio para isso que, sem tais regras, as sociedades não conseguem se viabilizar (Rachels, 2006). Tal constatação levou alguns filósofos, sobretudo os chamados contratualistas, como Hobbes e Rousseau, à formulação de que a moralidade é derivada de um contrato social, consistindo em regras para governar as relações mútuas, gerando benefício a todos, desde que houvesse adesão geral dos membros da sociedade (Maia, 1998). Embora tal abordagem traga algumas vantagens, como dar um lastro racional, não arbitrário, para a maioria das interdições aceitas pelas sociedades, ela deixa de fora dois aspectos importantes: não consegue embasar racionalmente algumas restrições morais a ações que não afetam diretamente a estrutura da sociedade (como a condenação de determinadas práticas sexuais ou padrões de vestimenta, por exemplo); mais do que isso, se adotamos a idéia de que o comportamento moral é determinado pela adesão de comum acordo a um contrato, a partir do qual cada um deve agir com o outro em linha com o que acordou, deixaremos de fora da esfera -protetiva -da ética os pacientes com transtornos mentais graves, pois estes não podem, dado o prejuízo à sua capacidade de raciocínio, aderir racionalmente ao contrato social.…”
Section: -A Moralidadeunclassified
“…A conduta ética pressupõe consciência e autonomia na práxis. Maia (1964Maia ( /1998, baseando-se em Adorno a partir de Mínima Moralia, argumenta que - [...] o agir ético é algo que diz respeito a um indivíduo autônomo, pois somente a este é facultado realizar conscientemente uma atividade cujo fim é imanente à própria ação, à sua própria vida e que a projeta para algo além dela e que lhe dá sentido‖. O autor acentua que o agir ético está permanentemente ligado à vida, e como a própria vida do indivíduo vem sofrendo mutilações e está esvaziada, a ética não tem como ocorrer.…”
Section: A Constituição Da Moralidade E Da éTica Na Sociedade Vigenteunclassified
“…O indivíduo ilusoriamente se vê -preenchido‖, mas é -um preenchimento pelo todo social‖, ele não se dá conta que esse preenchimento vem de fora, e não de seu próprio interior; iludido, acredita estar identificado -consigo mesmo‖. (MAIA, 1964(MAIA, /1998).…”
Section: A Constituição Da Moralidade E Da éTica Na Sociedade Vigenteunclassified
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