2008
DOI: 10.1590/s0103-49792008000300007
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Redes de movimentos sociais na américa latina: caminhos para uma política emancipatória?

Abstract: Este texto pretende trazer alguns indicativos para se pensar em que medida as redes de movimentos sociais na América Latina apresentam pistas para políticas emancipatórias. Para se analisar a capacidade ou potencial de redes de movimentos sociais desse continente na construção de referenciais emancipatórios, partiu-se do pressuposto de que demandas materiais devem ser traduzidas em representações simbólicas, a fim de aproximar os atores das redes, permitir a construção de identidades coletivas e criar elos sim… Show more

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“…Essa configuração de rede de movimentos 5 foi um processo que também se verificou, em nível nacional, nas jornadas preparatórias da Conferência do Rio, em 1992, quando os movimentos sociais e ambientais puderam amadurecer a compreensão de que as questões sociais e ambientais não eram antagônicas, mas decorrentes de um mesmo processo de exploração e dominação do capitalismo sobre a natureza e a sociedade. Esse foi um marco decisivo na história do ambientalismo brasileiro, porque foi capaz de diluir o falso dilema que dividia militantes sociais e ambientais, para constituir uma nova compreensão e aliança do que, a partir de então, tem se denominado de socioambientalismo (Carvalho, 2001;Scherer--Warren, 2008).…”
Section: História E Formação Do Ambientalismo E Das Ongs Locaisunclassified
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“…Essa configuração de rede de movimentos 5 foi um processo que também se verificou, em nível nacional, nas jornadas preparatórias da Conferência do Rio, em 1992, quando os movimentos sociais e ambientais puderam amadurecer a compreensão de que as questões sociais e ambientais não eram antagônicas, mas decorrentes de um mesmo processo de exploração e dominação do capitalismo sobre a natureza e a sociedade. Esse foi um marco decisivo na história do ambientalismo brasileiro, porque foi capaz de diluir o falso dilema que dividia militantes sociais e ambientais, para constituir uma nova compreensão e aliança do que, a partir de então, tem se denominado de socioambientalismo (Carvalho, 2001;Scherer--Warren, 2008).…”
Section: História E Formação Do Ambientalismo E Das Ongs Locaisunclassified
“…Esse padrão de classe corresponde ao verificado na experiência histórica brasileira e mesmo na experiência do ambientalismo internacional, com a particularidade distintiva de que, no caso brasileiro e dos países periféricos em geral, o ambientalismo surgido como um ideário originado nas classes médias, ao longo do tempo, tendeu a se difundir e se inserir nas lutas e práticas de setores populares estabelecer negociações individualizadas com o governo para tratar problemas particulares. Esse padrão de comportamento organizacional difere daquilo que a literatura e a experiência apontam nos contextos mais dinâmicos das maiores cidades, no Brasil e no exterior, onde a construção de redes de entidades já se configura como uma tendência virtuosa de comportamento no universo associativista contemporâneo (Scherer-Warren, 2008). E virtuoso porque multiplica o poder reivindicativo, amplia o acervo de informações e conhecimentos e promove novas sinergias culturais e políticas.…”
Section: Relações Estabelecidas Com Outras Esferas Sociaisunclassified
“…4 Os movimentos sociais no Brasil há décadas vêm construindo práticas educativas em função de uma relação mais horizontalizada com a natureza e com as demais dimensões sociais. Em relação aos movimentos sociais, lutas nos diversos campos e, especialmente sobre o meio ambiente podem ser encontradas em Scherer-Warren (2008 Então, sob esta outra lógica é que emerge a agroecologia como importante ferramenta para a edificação de uma agricultura alternativa no campo brasileiro, como uma autêntica pedagogia da terra, que concilie o uso da terra e seus recursos com técnicas de manejo e conservação (embasados em saberes populares milenares extraídos da experiência histórica do homem com a terra) que apontem para um desenvolvimento rural mais saudável.…”
Section: Introductionunclassified
“…Esses elementos juntos compõem um processo articulado que é construído e denominado pela autora como rede de movimento social, que pressupõe: "a identificação de sujeitos coletivos em torno de valores, objetivos ou projetos em comum, os quais definem os atores ou situações sistêmicas antagônicas que devem ser combatidas e transformadas". 15 Scherer-Warren isa a capacidade ou o potencial de redes de movimentos sociais na construção de referenciais emancipatórios, partindo do pressuposto de que as demandas devem ser traduzidas em representações simbólicas, "a fim de aproximar os atores das redes, permitir a construção de identidades coletivas e criar elos simbólicos de referência no interior das redes, que possibilitem a convergência de suas pautas políticas", 16 complementando que a análise das redes de movimentos devem compreender: [ …”
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