Veridiana,minha companheira, incentivadora e parceira de jornada, e às nossas crianças, Mariana e Gabriel, que são o colorido, a música e a poesia no nosso cotidiano.
AGRADECIMENTOSAos meus amores, Veri, Nana e Gabo; Aos meus pais, à minha irmã e sobrinhos, pelo amor, pela amizade e pelo afeto; À Maria Tereza e Pedro Wilson pela generosidade, pelas contribuições para este trabalho e pela convivência carinhosa com os netos; À Denise Mantovani e à Carla de Oliveira pela amizade, pelas dicas e pelos livros; À minha orientadora, professora Célia, a quem eu devo esta tese, e que aceitou, com muita paciência e generosidade, me conduzir nas primeiras incursões pelo universo desafiador e fascinante da análise do discurso; À professora Thais Jorge, que me incentivou a seguir em frente e possibilitou que esta tese se materializasse; Às professoras Ana Carolina Temer, Albertina Vicentini, Liziane Guazina, Jandyra Cunha e ao professor Tiago Quiroga, pela disponibilidade e gentileza de aceitarem examinar esta tese;Aos amigos e colegas de trabalho que inspiram muitas discussões sobre o jornalismo, sobre a política e sobre outras artes.
RESUMOA presente tese se desenvolve como estudo do campo jornalístico e de suas intersecções com a política a partir de uma análise da dimensão discursiva. Tendo por objeto o texto jornalístico da Folha de S.Paulo sobre o impeachment de Dilma Rousseff, a pesquisa busca identificar como o jornal construiu significados que resultaram num discurso político relacionado aos acontecimentos. O objetivo geral é analisar de que forma a Folha construiu um discurso sobre o impeachment. Como objetivos específicos, buscamos verificar como o texto jornalístico da Folha incorporou intertextualidades do campo político sobre o impeachment, e, ainda, identificar como essa intertextualidade se expressou na (re)construção de um tipo particular de discurso sobre a realidade sociopolítica brasileira do período em questão. Os dados empíricos evidenciam a presença de diferentes tipos de discurso associados aos campos jornalístico, político, jurídico e econômico, recontextualizados pelo jornal, visto como espaço privilegiado de construção da luta simbólica que se travou no período. O estudo concluiu que, ao não apoiar explicitamente o impeachment de Dilma, o jornal utilizou-se de estratégias discursivas para tentar manter o contrato tácito com o universo de leitores, durante um processo que dividiu o país. Ainda assim, os resultados da análise possibilitam concluir que o discurso da Folha contribuiu com a construção do discurso hegemônico que ampliou o isolamento político de Dilma e levou à sua deposição.