2013
DOI: 10.1590/s0103-18132013000200011
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Utopias linguísticas

Abstract: RESUMOEste artigo, publicado originalmente em uma coletânea em 1987, aborda criticamente a noção de "comunidade linguística" em diferentes abordagens dos estudos da linguagem, do Gerativismo à Análise do Discurso, passando pela Sociolinguística e pela Crítica Literária. Discutindo a distância entre a homogeneidade da comunidade linguística imaginada (no sentido de Anderson) e a realidade fraturada da experiência linguística nas sociedades modernas estratificadas, este texto propõe uma mudança de abordagem para… Show more

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“…É o modelo ideal de nação, que foi imaginado historicamente desde fins do século XVII de forma limitada, soberana e enquanto uma comunidade, no seio da qual a língua é um patrimônio compartilhado, homogêneo, monolíngue e monodialetal (ANDERSON, 1983). Pratt (2013) argumenta que tal imaginação sobre a nação constrói nossas imaginações teóricas sobre a língua, lembrando que "nossa linguística moderna da língua, do código e da competência postula um mundo social unificado e homogêneo no qual a língua existe como um patrimônio compartilhado" (PRATT, 2013, p. 440). Ocorre que, nesse protótipo moderno de língua, assume-se que todas as pessoas estão engajadas no mesmo jogo, que o jogo é o mesmo para todas e que ele é jogado segundo as mesmas regras (PRATT, 1991).…”
Section: Quem Constrói a "Barreira" No Caminho Da Migração?unclassified
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“…É o modelo ideal de nação, que foi imaginado historicamente desde fins do século XVII de forma limitada, soberana e enquanto uma comunidade, no seio da qual a língua é um patrimônio compartilhado, homogêneo, monolíngue e monodialetal (ANDERSON, 1983). Pratt (2013) argumenta que tal imaginação sobre a nação constrói nossas imaginações teóricas sobre a língua, lembrando que "nossa linguística moderna da língua, do código e da competência postula um mundo social unificado e homogêneo no qual a língua existe como um patrimônio compartilhado" (PRATT, 2013, p. 440). Ocorre que, nesse protótipo moderno de língua, assume-se que todas as pessoas estão engajadas no mesmo jogo, que o jogo é o mesmo para todas e que ele é jogado segundo as mesmas regras (PRATT, 1991).…”
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“…Longe de enquadrar a situação como "problema", elas destacam a situação como uma "parada" interacional, uma "checagem" em que elas e/ou interlocutoras/es fazem uso de algum tipo de desencontro do contato linguístico, para agir em termos de poder: assediar, interromper interações indesejáveis, avaliar, inverter hierarquias linguísticas. O ponto de inspeção não é regulado pelo código linguístico ou pela razão comunicacional, mas por desigualdades e conflitos próprios do contato (PRATT, 2013).…”
Section: Excertounclassified