Em âmbito mundial, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pelas principais causas de morte e incapacidade. Entre essas, encontram-se as de maior importância para a saúde pública, as doenças cardiovasculares. Tendo em vista que a capacidade de resiliência e a Qualidade de Vida são construtos relevantes a serem considerados em pacientes internados em ambiente hospitalar, o presente estudo objetiva verificar como se apresentam esses conceitos em indivíduos que realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio e/ou cirurgia de válvula em uma instituição hospitalar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa transversal na qual foram aplicados um questionário sociodemográfico, o questionário de qualidade de vida SF-12 e uma escala de resiliência. Participaram desse estudo 37 pacientes, maioria do sexo masculino, submetidos à primeira intervenção cirúrgica. Observou-se uma média de 37,3 pontos (dp ±4,4) e 43,3 (dp±7,6) nos componentes físico e mental da escala de Qualidade de Vida SF-12, respectivamente. Já a escala de Resiliência aplicada revelou média de 131 (dp±31). Verificou-se uma correlação direta fraca entre o componente físico da qualidade de vida com o escore de resiliência (r=0,386, p=0,02), o que sugere tendência positiva entre tais conceitos.