O modelo de desenvolvimento econômico vigente e os hábitos de consumo da população estão entre os fatores que tem levado muitas pessoas à ocupação como catadores de material reciclável. Esse trabalho teve como objetivo conhecer o perfil sócio demográfico dos catadores na cidade de Chapecó, SC e analisar os riscos à saúde dos trabalhadores associados ao ambiente de trabalho. Foram entrevistados catadores residentes e atuantes na cidade, no período entre abril e junho de 2015. Foram entrevistados ao todo 39 catadores pertencentes a 12 associações. Foi utilizado um roteiro semiestruturado abordando aspectos sociais, econômicos e sanitários associados ao trabalho. Os dados foram analisados quanto à frequência em um banco de dados (Excel for Windows®). Foi constatado que 38,5% estão envolvidos na atividade há mais de dez anos e que a escolaridade da maioria (79,5%) é o ensino fundamental incompleto. A renda mensal média da maioria (56,4%) é de aproximadamente um salário mínimo ou menos. Baratas (Blattodea), formigas (Formicidae), roedores (Rodentia) e lesmas (Mollusca) foram os animais em que entram em contato com maior frequência. Os resultados apontam que ações para o desenvolvimento social e econômico dos catadores, bem como para a conservação dos recursos naturais e das condições de saúde destas populações, necessitam ser implementadas.