Colite do cólon excluso: modelo experimental em ratos

Abstract

Em 1981 Glotzer et al. descreveram um tipo de proctocolite, semelhante à retocolite ulcerativa, limitado ao segmento excluído do trânsito fecal, na ausência de doença intestinal inflamatória. O presente estudo tem por finalidade avaliar as alterações ocorridas no cólon após sua exclusão do trânsito, com o fim de se estabelecer um modelo em ratos que permita estudar a doença. Utilizaram-se 35 ratos Wistar-PUCPR, machos com 120 dias de idade, divididos em 4 grupos. Sob anestesia inalatória procedeu-se à laparotomia mediana, secção transversa do cólon esquerdo e colectomia de 0,5 cm par se ter o padrão inicial (Mo). Seguiu-se o fechamento do coto distal, colostomia terminal com maturação precoce do coto proximal e laparorrafia. Realizaram-se as verificações nos seguintes tempos: grupo A após uma semana, grupo D após 2 semanas, grupo B após 4 semanas e grupo C após 8 semanas. Avaliou-se o cólon excluído macro e microscópicamente (Mf) analisando-se: a reação inflamatória, a concentração de colágeno e o comportamento das células caliciformes. Comparadas os momentos Mo e Mf registrou-se a presença de úlceras em 11 cólons (p=0,0010) não relacionadas com o tempo de exclusão. Reação inflamatória agudo-crônica ou crônica discreta esteve presente em todos os tempos. Em todos os cólons observou-se diminuição significante da espessura da parede. No Mo predominou o colágeno tipo I (p=0,008) enquanto que no Mf o predomínio foi do colágeno III (p=0,008). Foi constante a diminuição do colágeno total, a perda de colágeno I e o aumento de colágeno III. Não houve mudança significante do percentual de área ocupada por células caliciformes. Conclui-se que a exclusão do cólon distal, de até 8 semanas, no rato por colostomia determina: atrofia do cólon e o aparecimento de lesões ulceradas superficiais com reação inflamatória discreta.

Evaluation by computerized morphometry of histopathological alterations of the colon wall in segments with and without intestinal transit in rats

“…Notwithstanding all the known evidence, few studies have so far evaluated DC experimentally 9,10,11 . Although the microscopic structure of the intestinal wall in rats is similar to that of humans, studies evaluating histological changes have generally been carried out in humans and thus they have been subject to interpretational variations due to sample heterogeneity.…”

“…Computer-assisted analysis has been used with various objectives and, in relation to conventional methods, it has the advantage of enabling fast and objective quantitative evaluation of the microscopic structures 22,23 . Few studies have evaluated inflammatory alterations in the colon wall of intestinal segments that have been taken out of function, by means of morphometric analysis methods 9,11,15 .…”

“…This makes it difficult to achieve uniform analysis, because the underlying disease, the different surgical techniques utilized and the different lengths of time for which the transit is excluded vary significantly between studies 9 . The lack of uniformity in descriptions of the different histopathological characteristics found in DC cases and the heterogeneity of human samples have made it problematic to establish the particular histopathological pattern.…”

“…There are doubts regarding the alterations found in the colon wall and their relationship with the length of time of transit exclusion 9,10,11 . Most studies have interpreted the histological alterations encountered in a subjective, dependent and variable manner, according to the pathologist's experience of evaluating such specimens 11 .…”

Quantification by computerized morphometry of tissue levels of sulfomucins and sialomucins in diversion colitis in rats

“…This demonstrates that the disease follows its course with a variety of changes and that there is no characteristic pattern [2][3][4] . The most common finds include epithelial erosions or ulcerations, decreased length or modified architecture of the colon crypts, inflammatory infiltrate, diffuse nodular lymphoid hyperplasia, vascular congestion of the submucosa and depletion of the number of caliciform cells, with consequent modifications to the production of mucins by the mucous epithelium [2][3][4] .…”