O objetivo do presente artigo é a identificação de convergências entre os objetivos afirmados na política externa brasileira durante o mandato de Dilma Rousseff como Chefe de Estado do Brasil e os objetivos que se buscavam ser alcançados a partir da constituição do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) em âmbito do BRICS, bem como entender de que forma o modus operandi do grupo contribuiu para tal consonância. A partir da revisão bibliográfica a respeito dos temas e da análise tanto de discursos da presidente e de ministros das Relações Exteriores quanto das declarações das reuniões de cúpula do BRICS, de 2012 a 2014, e do Acordo Sobre o Novo Banco de Desenvolvimento, foram criadas categorias para classificar os objetivos de ambos os objetos de análise. Posteriormente, realizou-se a comparação entre eles, a partir da qual se pôde concluir que todos os objetivos traçados a partir da criação do NBD, quais sejam: i) a contestação parcial do sistema financeiro internacional; ii) o fortalecimento das economias de países emergentes; e iii) o fortalecimento do grupo enquanto unidade, podem ser verificados na matriz da política externa brasileira no período. Cabe ainda destacar que a referida convergência pode ser compreendida como fruto do modelo de funcionamento do BRICS, ancorado no consenso entre as partes.Palavras-Chave: Política Externa Brasileira; Dilma Rousseff; Novo Banco de Desenvolvimento; BRICS; Multipolaridade.