Usos do glossário do risco em revistas: contrastando "tempo" e "públicos"

Spink, Mary Jane Paris; Pereira, Adriana Bernardes; Burin, Lívia Barbosa; Silva, Mariana Adão da; Diodato, Priscila da Rocha

doi:10.1590/s0102-79722008000100001

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“…O verdadeiro só existe obedecendo a regras de uma "polícia discursiva" 6 , ativada a cada discurso. O discurso biomédico, como um discurso que se baseia em evidências científicas, se apresenta como o discurso hegemônico dentro do campo da alimentação, nutrição e saúde, representando uma força gravitacional na qual orbitam séries de outros discursos, tecnologias e práticas em saúde que, por sua vez, produzem outras séries de discursos, ideologicamente compartilhados.…”

Section: Conceitos E Perspectivas Que Fundamentam O Olhar Sobre a Revunclassified

“…A revista constrói e reproduz uma espécie de paranoia pelo saudável, uma mania de consumir saúde, pois, apesar da ideia de saúde ser vendida como tema principal, a revista se dedica às doenças, aos alimentos que supostamente previnem ou curam doenças, aos últimos tratamentos e descobertas sobre doenças, principalmente às doenças crônicas como diabetes e câncer. Basta uma comparação entre o índice remissivo da publicação ao longo de um ano para entender que a lógica editorial tem como tônica a linguagem do risco que se alimenta da culpabilização do indivíduo 6 .…”

Section: Os Discursos Da Saúde Sobre O Risco De Adoecer E Suas Estratunclassified

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O discurso biomédico nas capas da revista Saúde

Fernandes

Ferreira

Seixas

et al. 2020

Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde

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Neste artigo, abordamos sentidos e signifiados dados à comida presentes na revista Saúde como um fator que interfere no consumo de alimentos. Partimos do pressuposto de haver na sociedade contemporânea uma hegemonia do discurso biomédico, disseminado e naturalizado pelo senso comum, que reproduz os interesses do mercado e inflencia as escolhas alimentares. A revista desperta interesse justamente por se enquadrar no vasto rol de publicações populares que versam sobre dieta e saúde. Como parte da metodologia utilizada, selecionamos as publicações desde 2013 até 2016, o que corresponde a 36 revistas e constitui o corpus da análise. Com o objetivo de interpretar os aspectos simbólicos, socialmente construídos e expressos no material selecionado, foram identifiadas as características mais marcantes e recorrentes nas capas das edições. Observou-se que a centralidade do discurso científio e biomédico está ligada à ideia de inflenciar as práticas alimentares e enfatizar o risco de adoecer.

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Section: Conceitos E Perspectivas Que Fundamentam O Olhar Sobre a Revunclassified

Section: Os Discursos Da Saúde Sobre O Risco De Adoecer E Suas Estratunclassified

O discurso biomédico nas capas da revista Saúde

Fernandes

Ferreira

Seixas

et al. 2020

Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde

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“…De acuerdo con Spink 13 , cuya postura no desconoce que las posiciones sobre el futuro (y la idea de riesgo emerge como posibilidad de hablar de eventos futuros) están asociadas a condiciones materiales de existencia de los sujetos, en la sociedad actual y en el marco de nuevas sensibilidades frente al riesgo, nuevas formas de interpretarlo y nuevas funciones de esas interpretaciones en la vida social, los sujetos pueden elegir asumir el riesgo, por lo cual este ya no es vivenciado como una amenaza susceptible de ser cuantificada, controlada y objeto de medidas preventivas, sino en términos de novedad, imponderabilidad y aventura 29 . Frente a esta postura, se ha señalado que implica reexaminar la forma como la salud pública ha concebido tradicionalmente el riesgo (a partir de modelos estadísticos), la cual ha excluido dimensiones del riesgo que no necesariamente llevan el sello de lo indeseado, que no conceptualizan el riesgo como algo que puede ser procurado deliberadamente y cuya comprensión podría incorporar el planteamiento canguilhemiano de la salud como la posibilidad de abusar de la salud misma 30 .…”

Section: Aceptabilidad Del Riesgo Y Preferencias Adaptativasunclassified

Correr el riesgo: ¿desventaja social o capacidad?

Muñoz-Duque

2018

Cad. Saúde Pública

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This article discusses the notions of risk and risk acceptability from a social justice perspective, especially in light of the capability approach proposed by Amartya Sen. The article argues that risk can be the expression of restrictions on subjects' capabilities, deriving from social disadvantages that can be taken for granted in their daily realities. On the other hand, risk can be viewed as an expression of capability in cases where subjects have accepted or admitted the risk through the exercise of freedom, as long as the subjects that relate to the risk do so in keeping with their idea of a good life, the building of which implies the full development of capability for agency. The article concludes with some thoughts on the issues of risk and risk acceptability in the sphere of public health.

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“…The common thread of this study is the research on the language of risk (SPINK, et al, 2007) carried out at the Centre for Research on Discursive Practices (NPDPS) at the Pontifical Catholic University of São Paulo (PUC/SP). Our study is also underpinned by a focus on daily life (SPINK, 2002 and2007;SPINK, P. 2008).…”

Section: Research Proceduresmentioning

confidence: 99%

“…Our study is also underpinned by a focus on daily life (SPINK, 2002 and2007;SPINK, P. 2008). In the second half of 2011 we contacted the Municipal Unit for Civil Defence of the city of São Paulo (COMDEC/ SP), more specifically, the technicians responsible for Prevention/Recovery Actions and Humanitarian Aid within COMDEC.…”

Section: Research Proceduresmentioning

confidence: 99%

Ações locais e prevenção: um estudo com adolescentes que vivem em áreas de risco socioambiental

Tavanti

Spink

2014

Ambient. soc.

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Este artigo tem como objetivo discutir a prevenção de desastres a partir das experiências de adolescentes que vivem em áreas de risco socioambiental na região Norte da capital paulista. Para tanto, iremos, primeiramente, abordar as atuais políticas, diretrizes e conceitos que orientam as ações da Defesa Civil no Brasil, em especial, àquelas orientadas para a prevenção de desastres; e, em segundo lugar, traremos como exemplo uma pesquisa realizada, entre os anos de 2011 e 2013, com grupos de adolescentes moradores dessa região. Esta pesquisa teve como referencial teórico-metodológico a psicologia discursiva e fez uso de múltiplas ferramentas de produção e análise de informações, com destaque para as oficinas de risco. Os resultados sugerem que o compartilhamento de conhecimentos e experiências são recursos fundamentais para a participação dos adolescentes moradores de áreas de risco em ações locais com ênfase na prevenção de desastres.

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Usos do glossário do risco em revistas: contrastando "tempo" e "públicos"

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O discurso biomédico nas capas da revista Saúde

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Ações locais e prevenção: um estudo com adolescentes que vivem em áreas de risco socioambiental

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