“…Curiosa é, ainda, a capacidade de produção audiovisual que essas ferramentas abrem, havendo atualmente dezenas de vídeos elaborados de forma amadora ou semiprofissional disponíveis nas plataformas digitais sendo que, inevitavelmente, o meio urbano e nomeadamente os bairros são cenários recorrentes dessas produções (Aderaldo & Raposo, 2016;Campos & Simões, 2011). Outros estudos empíricos localizados em Portugal poderiam ser mencionados, no que se refere a práticas expressivas juvenis associadas à música ou dança, como o kuduro (Marcon, Sedano & Raposo, 2018;Marcon, 2013) ou ao hip-hop (Simões, 2010) Em outro contexto, que remete ao ativismo e à participação política dos jovens, um estudo desenvolvido recentemente 9 revela tendências iguais, verificando-se clara articulação entre a rua e os meios digitais (Campos, Simões & Pereira, 2018). Nesse caso os meios de comunicação digitais são úteis não apenas para divulgar e mobilizar as pessoas, mas também são intervenientes diretos nos acontecimentos de rua, servindo, por exemplo, para filmá-los a fim de os relatar.…”