“…Renato Dagnino (2006; identifica que, ao contrário do que tem se desenvolvido em muitos dos países centrais, não há no Brasil uma separação de papéis entre os elaboradores da PCT e a própria comunidade de investigação, isto é, os cientistas têm sido eles mesmos os policy makers. Por exemplo, para o caso específico da nanotecnologia, Santos Junior identifica como os atores presentes nos comitês responsáveis pela elaboração política são também os atores que têm se destacado como líderes na produção científica na área (Santos Junior, 2011) Assim, em conformidade com o que apontam também analistas voltados para o contexto dos países centrais (Doubleday;Viseu, 2010), Dagnino (2007) identifica que a racionalidade hegemônica entre a comunidade de investigação e, portanto, entre os próprios elaboradores de políticas, tem mantido as concepções clássicas do ethos mertoniano da ciência e, portanto, reproduzido uma concepção positivista, calcada na linearidade do processo de inovação e no determinismo tecnológico.…”