2002
DOI: 10.1590/s0102-69092002000100008
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Políticas do desperdício e assimetria entre público e privado na indústria automobilística

Abstract: Nos anos de 1990, uma intensa e agressiva disputa por investimentos estrangeiros tomou conta do setor automotivo brasileiro. Estados e municípios articularam-se, patrocinados pelo governo central, agências federais, fundos estaduais e bancos oficiais -como o BNDES -e ofereceram a devolução do imposto recolhido (ou o devido) às próprias empresas, através das mais variadas formas de financiamento, sempre a taxas mais generosas que as do mercado.A guerra foi chamada fiscal por estar baseada no jogo com a receita … Show more

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“…A Figura 1 destaca o Rio de Janeiro e demais novas regiões produtivas, onde estudos locais destacam efeitos da produção flexível. Outro importante aspecto dessa ilustração diz respeito às disputas entre estados brasileiros pelo capital das montadoras, discutidas amplamente pela literatura de guerra fiscal no setor automotivo (Arbix, 2002). O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) trata da dispersão da indústria com o argumento da globalização de plataformas (Augusto Junior et al, 2015).…”
Section: Revisão Da Literaturaunclassified
“…A Figura 1 destaca o Rio de Janeiro e demais novas regiões produtivas, onde estudos locais destacam efeitos da produção flexível. Outro importante aspecto dessa ilustração diz respeito às disputas entre estados brasileiros pelo capital das montadoras, discutidas amplamente pela literatura de guerra fiscal no setor automotivo (Arbix, 2002). O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) trata da dispersão da indústria com o argumento da globalização de plataformas (Augusto Junior et al, 2015).…”
Section: Revisão Da Literaturaunclassified
“…Desoneração sobre setores errados (guerra fiscal): os estados usam reduções tributárias para atrair investimentos, o que se convencionou chamar de "guerra fiscal". A maior parte da literatura econômica vê esse fenômeno negativamente, pois ele significaria uma desoneração tributária "errada" (Arbix, 2002;Dulci, 2002;Nascimento, 2008;Oliveira, 1999;Prado e Cavalcanti, 2000;Prado, 1999;Varsano, 1997). A guerra fiscal gera distorções econômicas, pois acaba com a "neutralidade" do sistema tributário, induzindo a uma alocação ineficiente dos investimentos no território.…”
Section: A Questão Tributária No Brasilunclassified
“…10 Os governos estaduais e municipais passaram a ofertar como contrapartida para a instalação local das empresas o ICMS, utilizado como mecanismos de financiamento; a doação de parte ou de todo o terreno onde a planta seria instalada; a construção da infraestrutura viária e logística; a isenção de taxas locais e de impostos estaduais por, ao menos, dez anos; a concessão de empréstimos pelo estado através de fundos ou bancos estatais a taxas inferiores às de mercado; a criação de garantias legais e financeiras; e, algumas vezes, a isenção de impostos na importação de peças. 11 As justificativas para a atração das empresas do setor automotivo incluíam a diminuição das desigualdades regionais e da pobreza, a ampliação da oferta de empregos, a geração de efeitos de encadeamento na economia local e a modernização do país através da tecnologia estrangeira. 12 Arbix identificou quatro fases distintas na evolução dos incentivos oferecidos pelos governos locais às empresas.…”
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