Tempo rei, ó, tempo rei, ó tempo rei, transformai as velhas formas do viver. Ensinai-me, ó pai, o que eu ainda não sei. Mãe, Senhora do Perpétuo, socorrei.O TEMPO / Sá de Miranda, 1481.Pede-me o tempo, de meu tempo a conta; e eu, para a conta, peço tempo ao tempo, pois quem gastou sem conta tanto tempo há que ter tempo para fazer conta. O tempo, no entanto, não quer ter em conta porque tal conta não se fez a tempo; bem quisera eu contar meu tempo em tempo se para contar tempo houvera conta! Que conta há de bastar a tanto tempo que tempo há de bastar a tanta conta... Se quem vive sem conta não tem tempo? Por isso estou sem tempo e sem ter conta, sobretudo que hei de dar conta do tempo quando chegar o tempo de dar conta.(Tradução do original em castelhano, por Heitor P. Fróes) s características dos sistemas escolares têm determinado, nas diferentes sociedades, o tipo de debate que se trava em torno do tempo de escola. Às vezes, esse tempo é considerado excessivo e, outras, insuficiente. Quase sempre é criticado por seu referencial lógico-quantitativo e por submeter o tempo das crianças ao dos adultos, sendo um fator perturbador da relação pedagógica.