1998
DOI: 10.1590/s0102-69091998000100012
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A teoria política é possível?

Abstract: É sintomático que o interesse pela teoria ressurja no momento em que a batalha pela institucionalização acadêmica das ciências sociais parece ter sido definitivamente vitoriosa, e que intervenções reveladoras de um certo desconforto com alguns resultados dessa empreitada venham à luz quando as pressões das agências financiadoras de pesquisa e as disputas metodológicas internas às próprias disciplinas parecem forçar um novo passo no sentido da padronização unidimensional da atividade científica e do reequaciona… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

1999
1999
2021
2021

Publication Types

Select...
4

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(1 citation statement)
references
References 0 publications
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…A escalada de conflitos que estremeceram as relações entre cientistas políticos "teóricos" e "empíricos" na virada do século foi outro fator que prolongou em certos lugares a partícula "social" na designação do campo do PPB. Se, no curso do processo, alguns dos "empíricos" mais famosos, como Gláucio Soares, acusavam "teóricos" de consumirem recursos públicos em discussões pedantes que pouco ou nada contribuíam para a resolução das mazelas nacionais (Soares, 2005, p. 52), "teóricos" como Renato Lessa e Gildo Marçal Brandão questionaram a possibilidade de uma ciência purificada de normatividade e acusaram o caráter ideológico dos métodos veiculados pelos "empíricos" como neutros (Lessa, 1998;Brandão, 1998;Moreira, 2012). Potencializados pela luta por hegemonia dentro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), os conflitos chegaram ao ponto de reconhecer, em balanço da área realizado há dez anos, que "as duas principais formas de abordagem simplesmente não se comunicam entre si" (Amorim Neto e Santos, 2005, p. 102 e 107).…”
Section: Razões De Uma Indeterminação Terminológicaunclassified
“…A escalada de conflitos que estremeceram as relações entre cientistas políticos "teóricos" e "empíricos" na virada do século foi outro fator que prolongou em certos lugares a partícula "social" na designação do campo do PPB. Se, no curso do processo, alguns dos "empíricos" mais famosos, como Gláucio Soares, acusavam "teóricos" de consumirem recursos públicos em discussões pedantes que pouco ou nada contribuíam para a resolução das mazelas nacionais (Soares, 2005, p. 52), "teóricos" como Renato Lessa e Gildo Marçal Brandão questionaram a possibilidade de uma ciência purificada de normatividade e acusaram o caráter ideológico dos métodos veiculados pelos "empíricos" como neutros (Lessa, 1998;Brandão, 1998;Moreira, 2012). Potencializados pela luta por hegemonia dentro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), os conflitos chegaram ao ponto de reconhecer, em balanço da área realizado há dez anos, que "as duas principais formas de abordagem simplesmente não se comunicam entre si" (Amorim Neto e Santos, 2005, p. 102 e 107).…”
Section: Razões De Uma Indeterminação Terminológicaunclassified