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O presente estudo focaliza a relação de interdependência entre linguagem e memória, na qual o sujeito falante exprime sua historicidade em práticas linguageiras. Diante disso, descreve-se as marcas interativas no processo de narrativização das lembranças em uma conversação com pessoas idosas. Neste contexto, analisa-se os efeitos, notadamente, dos marcadores discursivos e do relevo na construção tópica do discurso. A descrição e análise ancoram-se na perspectiva da Gramática Textual-Interativa (JUBRAN, 2015; KOCH, 2015), especificamente, nos conceitos de tópico discursivo (JUBRAN, 2015), relevo (TRAVAGLIA, 2015) e marcadores discursivos (RISSO, 2015; URBANO, 2015) em diálogo com estudos sociodiscursivos e cognitivos da memória (COURTINE, 2006; PAVEAU, 2015; PAVEAU, 2007). Metodologicamente, utiliza-se como corpus uma conversa de 17 minutos entre três velhos da comunidade Arara em Teixeira de Freitas (BA), transcrita conforme Preti (2005) para destaque da articulação discursivo-pragmática entre a lembrança e narrativa a partir da multifuncionalidade dos marcadores e recursos de relevo. Como resultado, mostra-se as funções metatextuais, precipuamente, do relevo emocional, reforço entonacional e dêiticos favorecendo a organização tópica de forma colaborativa, bem como o uso de marcadores discursivos interacionais exprimindo chamada à atenção, responsividade e processamento on-line da informação, oriunda das lembranças evocadas na memória sociocognitiva. Ressalta-se, a partir de Payer (2005) e Courtine (2006), a importância da função histórica da oralidade e busca-se explicitar o papel da memória na organização do discurso falado, já que linguagem e memória operam e se imbricam nas relações sociais e entre sujeitos históricos por meio de pré-discursos em diferentes linhagens discursivas (PAVEAU, 2015).
O presente estudo focaliza a relação de interdependência entre linguagem e memória, na qual o sujeito falante exprime sua historicidade em práticas linguageiras. Diante disso, descreve-se as marcas interativas no processo de narrativização das lembranças em uma conversação com pessoas idosas. Neste contexto, analisa-se os efeitos, notadamente, dos marcadores discursivos e do relevo na construção tópica do discurso. A descrição e análise ancoram-se na perspectiva da Gramática Textual-Interativa (JUBRAN, 2015; KOCH, 2015), especificamente, nos conceitos de tópico discursivo (JUBRAN, 2015), relevo (TRAVAGLIA, 2015) e marcadores discursivos (RISSO, 2015; URBANO, 2015) em diálogo com estudos sociodiscursivos e cognitivos da memória (COURTINE, 2006; PAVEAU, 2015; PAVEAU, 2007). Metodologicamente, utiliza-se como corpus uma conversa de 17 minutos entre três velhos da comunidade Arara em Teixeira de Freitas (BA), transcrita conforme Preti (2005) para destaque da articulação discursivo-pragmática entre a lembrança e narrativa a partir da multifuncionalidade dos marcadores e recursos de relevo. Como resultado, mostra-se as funções metatextuais, precipuamente, do relevo emocional, reforço entonacional e dêiticos favorecendo a organização tópica de forma colaborativa, bem como o uso de marcadores discursivos interacionais exprimindo chamada à atenção, responsividade e processamento on-line da informação, oriunda das lembranças evocadas na memória sociocognitiva. Ressalta-se, a partir de Payer (2005) e Courtine (2006), a importância da função histórica da oralidade e busca-se explicitar o papel da memória na organização do discurso falado, já que linguagem e memória operam e se imbricam nas relações sociais e entre sujeitos históricos por meio de pré-discursos em diferentes linhagens discursivas (PAVEAU, 2015).
Este trabalho propõe o estudo da rotulação, a partir da retomada e antecipação, na interação argumentativa, à luz do modelo dialogal da argumentação. O objetivo é verificar se a rotulação, ao realizar os movimentos de retomada e antecipação, pode se constituir como um recurso não apenas linguístico, como também argumentativo. A ancoragem teórica parte de dois campos de estudos: a Linguística Textual e a Argumentação. A primeira com foco no processo de rotulação (FRANCIS, [1994] 2003; CONTE, [1996] 2003; CARVALHO, 2005; KOCH, 2006; 2011; ALVES JUNIOR, 2011) e a segunda a partir dos estudos do modelo dialogal da argumentação (PLANTIN, 2008; 2018; GRÁCIO, 2010; 2012; 2013; DAMASCENO-MORAIS, 2017; 2020; 2021). Além dessas duas perspectivas teóricas principais, foram mobilizados alguns pressupostos da Análise Conversacional (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974; KERBRATORECCHIONI, 2006; MARCUSCHI, [1986] 2003; KERBRAT-ORECCHIONI; PLANTIN, 1995; FÁVERO et al., 2010) assimilados e adaptados pela perspectiva dialogal da argumentação. O breve corpus selecionado para é constituído por um recorte da entrevista com Ricardo Salles realizada pelo programa televisivo Roda Viva, em 2019. A descrição e análise da entrevista, a partir de uma abordagem qualitativa, lança mão de preceitos do modelo dialogal para proporcionar um recorte original de análise, como proposto pela presente chamada à publicação. A partir da empreitada analítica ora apresentada, observou-se ostensiva relação entre a retomada e a antecipação com o surgimento da estase argumentativa na interação entre entrevistado e entrevistadores do programa Roda Viva.
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