2013
DOI: 10.1590/s0102-37722013000200010
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Desamparo aprendido e incontrolabilidade: relevância para uma abordagem analítico-comportamental da depressão

Abstract: RESUMO -Este artigo oferece uma análise dos diferentes usos do conceito de incontrolabilidade vinculados ao modelo do desamparo aprendido, apontado como um modelo animal de depressão, indicando como a mesma topografia verbal é emitida sob controle de eventos distintos. Discute-se a generalidade do conceito de desamparo aprendido a partir de dados obtidos com humanos, abordando-se também aspectos relativos à participação de contingências verbais na ocorrência do efeito. Variáveis relevantes para a generalidade … Show more

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“…A partir dos estudos revisados observa-se que o cotidiano profissional desafiador e o ambiente de guerra instaurado pelas sucessivas ondas de pandemias aumentam a vulnerabilidade dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, levando-os muitas vezes a experimentar o desamparo aprendido. O desamparo aprendido implica uma redução da responsividade do sujeito àquilo que lhe acontece no ambiente (Ferreira & Tourinho, 2013), podendo ser resultado da sensação de impotência e falta de controle sobre os fenômenos ambientais, com potencial devastador. Ou seja, a pessoa que vivencia a falta de controle sobre os acontecimentos reais ou as mudanças ambientais, que acontecem independentemente de sua vontade individual, pode se perceber fragilizada diante da inexorabilidade dos riscos e das ameaças à sua própria integridade; isso sedimenta a aprendizagem de que já não faz sentido tentar atuar ou agir no mundo.…”
Section: Discussionunclassified
“…A partir dos estudos revisados observa-se que o cotidiano profissional desafiador e o ambiente de guerra instaurado pelas sucessivas ondas de pandemias aumentam a vulnerabilidade dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, levando-os muitas vezes a experimentar o desamparo aprendido. O desamparo aprendido implica uma redução da responsividade do sujeito àquilo que lhe acontece no ambiente (Ferreira & Tourinho, 2013), podendo ser resultado da sensação de impotência e falta de controle sobre os fenômenos ambientais, com potencial devastador. Ou seja, a pessoa que vivencia a falta de controle sobre os acontecimentos reais ou as mudanças ambientais, que acontecem independentemente de sua vontade individual, pode se perceber fragilizada diante da inexorabilidade dos riscos e das ameaças à sua própria integridade; isso sedimenta a aprendizagem de que já não faz sentido tentar atuar ou agir no mundo.…”
Section: Discussionunclassified
“…Ela está baseada na observação de que ações das pessoas que deixam de produzir reforçadores produzem um estado de depressão, conforme já apontado neste texto. Também está baseada na observação de que eventos aversivos incontroláveis e imprevisíveis produzem o mesmo estado (Ferreira & Tourinho, 2013). Por esta razão, os dois pilares que sustentam a Ativação Comportamental procuram reinstalar os repertórios que foram minguando por falta de reforçadores ou pela quebra de contingência entre ações e reforçadores (ausência de controle por extinção do tipo I e II, Catania, 1999), e também procura instalar ou reinstalar o repertório de solução de problemas (eliminar a imprevisibilidade).…”
Section: Ativação Comportamental Para Minimizar Os Impactos Das Medidasunclassified
“…A postura das mulheres do grupo ICN parece indicar a significação da violência doméstica como parte do relacionamento, significado este possivelmente desenvolvido a partir de seu longo histórico de violências intrafamiliares, citado por elas, que parece colocá-las em uma posição de desamparo aprendido (Ferreira & Tourinho, 2013), que se reflete também nas práticas parentais e na menor disponibilidade de uma rede de apoio social eficaz que pudesse ajudá-las na prática parental. É certo que a capacidade das mulheres de INN não se refere a uma característica inata, mas uma aprendizagem social.…”
Section: Discussionunclassified