Avanços metodológicos em estudos populacionais em alimentação e nutrição

Abstract

EDITORIALValid information is crucial when collecting and analyzing food intake data in population surveys. In the latter half of the 20 th century, ecological studies in Japanese immigrants living in Hawaii and in the continental United States suggested that the degree of incorporation of the Western lifestyle could influence the occurrence of cancer and cardiovascular diseases. Due to the lack of individual information, estimates obtained in ecological studies are not always confirmed in more accurate studies. Since then, the choice of the most adequate method for evaluating individual eating habits has been a complex decision, based among other aspects on the data collection's objectives, desired precision, and available resources.This thematic issue features articles on important topics related to dietary measurement. Although dietary measurement has a broad area of application in various fields of knowledge in health and particularly in the definition of public policies, the existing methods have advantages and disadvantages and apply to diverse situations. The main purpose of food frequency questionnaires has been to classify individuals according to habitual food consumption, while more descriptive methods concerning real consumption have applied basically to evaluation of deficits and excesses in individual groups or populations. A combination of methods is essential, and the development of a broad methodology with photographic documentation and data transmission in the not too distant future, even in studies with large samples, will allow measuring diet through a combination of methodologies and techniques. Improved measurement of habitual food consumption contributes more effectively to planning health activities (even though various studies in this supplement indicate the political nature of food guideline definitions and the food industry's role in this process).With the aim of contributing to this field, the current thematic issue presents studies on the validation of food frequency questionnaires (FFQ), applications of new food intake data analysis techniques (including comparisons between surveys on household food balance and availability), application of statistical techniques to food pattern analysis, and critical analysis of dietary guidelines for healthy eating, highlighting the proposal for a new food classification based on the extent and purpose of industrial processing. In our opinion, the articles illustrate the progress in food and nutritional epidemiology in Brazil since the first publications on FFQ validation studies 10 years ago and indicate important areas for research in developing methods to estimate food intake, besides pointing to directions for appropriate public health measures.

Comparação entre diferentes métodos de interpolação zonal para estimativa populacional: estudo de caso das áreas urbanas do Distrito Federal

“…O aumento da população apresenta reflexos nos mais diversos setores, desde impactos econômicos e sociais, como saúde, desigualdade e desemprego (NERY et al, 2007;RÉQUIA JR. et al 2015;CRUZ et al, 2016), como para o meio ambiente, seja decorrente da pressão por alimentos e matéria-prima (CARDOSO et al, 2010;GODFRAY et al, 2010;WIEDMANN et al, 2015) ou da ocupação do espaço pelo homem (MENNIS 2002;SLEETER e WOOD, 2006;BRANDÃO et al, 2015). Como acontece com qualquer variável geográfica, a forma como os dados demográficos são recolhidos e disponibilizados tem implicações para a sua manipulação e representação, bem como a natureza complexa dos dados da população coloca vários desafios para a modelagem e análise de sua distribuição no espaço e no tempo de forma adequada (FREIRE, 2007).…”

Avaliação do consumo alimentar de crianças brasileiras assistidas em creches: uma revisão sistemática

“…A medida da dieta tem uma ampla aplicação em vários campos de conhecimento na área de saúde. 1 Os inquéritos alimentares possibilitam analisar a associação da dieta com o estado nutricional e com a situação de saúde. 2,3 O conhecimento gerado por meio dessa análise evidencia a situação da adequação da ingestão alimentar e possibilita a definição de políticas públicas direcionadas a garantia da promoção da saúde.…”

“…2,3 O conhecimento gerado por meio dessa análise evidencia a situação da adequação da ingestão alimentar e possibilita a definição de políticas públicas direcionadas a garantia da promoção da saúde. [1][2][3] Diversos fatores interferem e tornam difícil o ato de registrar a ingestão de alimentos de um indivíduo, sem exercer influência sobre esse, dentre os quais a complexidade da dieta, os hábitos alimentares, a memória do entrevistado, a cultura e a situação socioeconômica. 2 Nas crianças, apresenta-se como dificuldade adicional a incapacidade de reportar o consumo de alimentos, tornando-se imprescindível a participação dos seus responsáveis.…”