ResumoIntrodução: A hanseníase é historicamente marcada pelo estigma, preconceito e exclusão. Objetivo: Investigar as representações sociais e os conhecimentos sobre hanseníase dos estudantes do curso de Fisioterapia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Material e métodos: Utilizou-se um questionário autoaplicado, semiestruturado dividido em cinco categorias: campanhas e divulgação; manifestações; tratamento; formas de contágio; representação e estigma. Resultados: Participaram do estudo 45 alunos do primeiro e segundo ano do curso de fisioterapia do IFRJ, selecionados aleatoriamente, com média de idade 20,9 (± 5,5) anos. Na categoria campanhas e divulgação, 88,9% dos entrevistados consideram as campanhas veiculadas insuficientes para esclarecer a população. Nas manifestações clínicas, 42,2% dos estudantes associaram a manchas na pele, 68,8% responderam haver correlação com algum tipo de alteração da sensibilidade. No grupo cura e tratamento, 88,6% acredita que a doença tem cura com 33,3% citando o tratamento medicamentoso como preconizado. Em 44,4% das respostas o contato direto com o doente foi apontado como principal via de contaminação. Na categoria estigma, 95,6% concordam que as pessoas com hanseníase não deveriam ser isoladas do convívio social. Sobre a representação individual, 35,5% ainda associam a doença à lepra. Conclusão: Foi possível constatar que os alunos de fisioterapia ainda apresentam conhecimento distorcido sobre a doença. Grande parte das respostas tem fundamentação no imaginário social e histórico da doença. Evidencia-se a necessidade de esclarecimento para a formação de profissionais capazes de atuar em uma equipe interdisciplinar visando o cuidado integral à saúde da população com hanseníase.
AbstractIntroduction: Hansen's disease is historically marked by stigma, prejudice and exclusion. Objective: To investigate the social representations and knowledge about leprosy among Physical therapy students of Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Methods: A self-administered and semi-structured questionnaire divided into five categories: campaigns and dissemination; manifestations, treatment, forms of contagion; representation and stigma was used. Results: The study was composed by 45 students of first and second year of Physical Therapy, randomly sought, mean age 20.9 (± 5.5) years. In the category campaigns and disclosure, 88.9% of respondents consider advertising campaigns insufficient to inform population. About clinical manifestations, 42.2% of students associated the disease with skin rash, 68.8% said there was correlation with some kind of change in sensitivity. In group healing and treatment, 88.6% believed that the disease is curable with 33.3% citing medical treatment as recommended. In 44.4% of respondents direct contact with the patient was indicated as the main route of contamination. In category stigma, 95.6% agree that people with leprosy should not be isolated from social life. About the individual representatio...