Uma abordagem ecológica da tuberculose

Abstract

Desde a descrição do bacilo por Koch em 1882, a transmissão foi eleita como alvo das ações de controle, embora esteja há muito estabelecido o fato de que os já infectados manteriam a doença até a renovação da população mesmo que a transmissão pudesse ser totalmente eliminada.No fim do século XIX e início do século XX, os altos riscos de infecção existentes em todo o mundo resultavam na infecção precoce de grande parte da população, criando uma situação em que raros eram os livres de infecção e, portanto, os que deveriam ser protegidos desta. No entanto, a idéia da maior relevância da transmissão do que do adoecimento foi sempre predominante, devido à ênfase nos achados microbiológicos e fenômenos fisiopatológicos.A abordagem ecológica das doenças infecciosas avança em relação àquela centrada na transmissão, na medida em que as considera como resultado da interação entre duas espécies biológicas, e não apenas como um acidente na vida do homem. Assim, o bacilo não é mais encarado apenas como o inimigo do homem e sim como uma espécie, parasita obrigatório, que está sujeito a mecanismos de preservação e de limita-ARTIGO

Hansen's disease: a vanishing disease?

“…However, the impact of Hansen's disease control strategies can not be compared to that of other vaccine preventable infectious diseases. The reason is that in high risk areas, a significant proportion of the adult population is already infected and may develop the condition (Penna 1988). In order to reduce the hidden prevalence, one must foster case detection which, in turn, implies in the increase of the known prevalence.…”

Mortalidade por tuberculose e indicadores sociais no município do Rio de Janeiro

“…No Brasil, aquela relação foi demonstrada por estudos como os de Albuquerque & Rodrigues (1952), Ribeiro (1956), Ruffino Netto (1975), Ruffino Netto e Pereira (1981), Pereira e Ruffino Netto (1985), Guimarães (1985), Penna (1988aPenna ( , 1988bPenna ( , 1988c, Almeida (1990), Lima (1996), Bertolli Filho (1997; e Antunes e Waldman (1999). Mais recentemente, Nascimento (1991) e Vicentin (2000) analisaram a participação institucional no combate à doença e mostraram que as diferentes orientações da estratégia política e econômica, em períodos historicamente distintos, condicionaram o papel do Estado frente a alguns dos mais relevantes problemas sanitários do país, sendo o principal determinante no processo de controle da tuberculose.…”

Controle epidemiológico da tuberculose na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: adesão ao tratamento

“…As estratégias de controle da Tuberculose têm sido elaboradas com o intuito de impedir a transmissão da doença em vez de procurar evitar o adoecimento (Penna, 1988). Assim, o Programa de Controle da Tuberculose foi desenhado seguindo um modelo centralizador, possível e necessário, em uma época de múlti-plas instituições agindo na assistência à saúde .…”