Avaliação da apoptose de leucócitos polimorfonucleares CH138+ em leite bovino de alta e baixa contagem de células somáticas : dados preliminares

Viabilidade celular, fagocitose e espraiamento de fagócitos mononucleares, e liberação de peróxido de hidrogênio por leucócitos de glândulas mamárias bovinas sadias e infectadas

“…Sabe-se que durante o processo inϐlamatório, há signiϐicante inϐluxo de leucócitos para o sítio inϐlamatório, principalmente de neutróϐilos (Paape et al 2003), e em menor número macrófagos (Sladek & Rysanek 2010) e linfócitos (Riollet et al 2001, Mehrzad et al 2008, o que explicaria, pelo menos em parte a correlação positiva entre a viabilidade celular e a CCS. Corroborando ao presente estudo, Pessoa et al (2012) encontraram maior viabilidade de PMNL, assim como menor porcentagem de PMNL sofrendo apoptose, em amostras de leite com alta celularidade. Similarmente, Sladek & Rysanek (2010) observaram maior porcentagem de macrófagos residentes em apoptose que os macrófagos inϐlamatórios após indução de resposta inϐlamatória com solução salina tamponada ou lipopolisacárides em glându-las mamárias de novilhas clinicamente saudáveis.…”

“…Do mesmo modo, Rinaldi et al (2008) encontraram maior produção intracelular de ERO pelos neutróϐilos no dia do parto em vacas leiteiras, enquanto Gilbert et al (1993) demonstraram menor liberação de ERO no período periparturiente, ao tentarem avaliar a capacidade microbicida desta população celular. As ERO produzidas pelos PMNL, no ambiente extracelular, podem levar a danos teciduais e celulares, como a clivagem de proteínas, o que pode levar à ampliϐicação do processo inϐlamatório e a maior migração de PMNL para a glândula mamária , Pessoa et al 2012. Congruente a isso, Niethammer et al (2009) demonstraram a importância do H 2 O 2 no recrutamento de leucócitos para o sítio inϐlamatório, mesmo em condições assépticas.…”

“…A correlação negativa entre a viabilidade celular, assim como a CCS, e a liberação de H 2 O 2 pelos leucócitos pode ser explicada, pelo menos em parte, pelo extravasamento citoplasmático decorrente da morte celular por necrose que pode liberar grânulos citotóxicos e ERO para o ambiente mamário ), e pelo fato que os PMNL provenientes de amostras de leite com alta celularidade estão mais propensos a sofrerem necrose que apoptose (Pessoa et al 2012).…”

<b>Modelo de risco para mastite no pós-parto:</b> aspectos hematológicos e bioquímicos

“…A GGT é um marcador para doenças hepatobiliares como a colestase, mas também é um bom marcador para disfunção hepáticas (KANEKO, 2008). Já para os achados da enzima GGT, o estudo de Birgel Júnior et al (2003) corroboram os achados do presente estudo, onde não foram encontradas alterações significativas. No mesmo estudo citado para perfil metabólico, Moreira et al (2015), não encontraram os mesmos resultados que o presente estudo, ou seja, diminuição na atividade da enzimas hepática AST, ao comparar os momentos pré-parto com os momentos pós-parto.…”

“…No presente estudou avaliou os animais individualmente, como ferramenta de gestão e monitoramento por meio de análise de CMT, CCS e análise microbiológica. Usualmente valores aceitáveis de CCS no leite variam entre 100.000 a 200.000 células por mL, contagens acima destes valores já são consideradas como mastite subclínica (PYÖRÄLÄ, 2003;SCHUKKEN et al, 2003;BANSAL et al, 2005 (PAAPE et al, 2003;PESSOA et al, 2012).…”