Perfil de ácidos graxos no leite de vacas Holandês em pastagens tropicais suplementadas com dois níveis de concentrado

Abstract

Perfil de ácidos graxos no leite de vacas Holandês em pastagens tropicais suplementadas com dois níveis de concentrado [Milk fatty acids profile of Holstein cows grazing tropical forages supplemented with two concentrate levels]

Milk fatty acid composition of unsupplemented dairy cows grazing on a tropical pasture

“…As shown in previous studies, more than 91% of RA secreted in milk from cows fed fresh pasture is derived from endogenous synthesis from VA escaping the rumen (Kay et al, 2004), which is consistent with the close association between the milk fat concentrations of VA and RA observed in our study. The milk RA and VA contents observed in our study were, respectively, 57 and 69% higher than in milk from cows fed a total mixed ration composed of chopped elephantgrass plus concentrate (Lopes et al, 2009); 176-243 and 55-212% higher than in milk from cows grazing on elephantgrass cultivar Cameron and fed concentrates containing or not lipid supplements (soybean oil, palm oil, or Megalag-E ® ) (Souza, 2014;Macedo, 2012); and 99 and 88% higher than in milk from cows grazing on Brachiaria brizantha or Panicum maximum supplemented with two levels of concentrate (Lopes et al, 2011). Overall, the RA and VA contents found in the present study were similar or even superior to those reported in milk fat from cows feeding fresh or conserved temperate grasses (Schwendel et al, 2015;Mendoza et al, 2016).…”

Qualidade nutricional e estabilidade oxidativa de manteigas produzidas do leite de vacas alimentadas com cana-de-açúcar suplementada com óleo de girassol

“…Com foco na redução do risco de doenças cardiovasculares, tais pesquisas têm buscado a diminuição dos teores dos ácidos graxos (AG) saturados de cadeia média, como o láurico (C12:0), o mirístico (C14:0) e o palmítico (C16:0) -considerados aterogênicos e hipercolesterolêmicos, bem como o incremento da concentração do ácido oleico (C18:1 cis-9) no leite, considerado hipocolesterolêmico (Lopes et al, 2011a(Lopes et al, , 2011b. Outro objetivo dessas pesquisas tem sido elevar a concentração do ácido rumênico , principal isômero de CLA (do inglês conjugated linoleic acids) presente no leite bovino, cujas propriedades anticarcinogênicas, antiaterogênicas, antidiabetogênicas (diabetes do tipo II) e imunomodulatórias têm sido demonstradas (Lopes et al, 2011b).…”

Desenvolvimento de bebidas lácteas probióticas adicionadas de polpa de morango e suplementadas com L-triptofano elaboradas a partir de leite bubalino e bovino

“…Esses resultados se mostram próximos do que os relatados por outros estudos, como , observou o teor de C:8 e C:10 em leite de búfala variar, respectivamente, de 0,48 e 0,92% até 0,41 e 0,75% entre o início e o final da lactação. Da mesma forma, Lopes et al (2011), ao avaliar o perfil lipídico do leite de vacas alimentadas com diferentes pastagens e suplementação alimentar, obtiveram um teor médio de 0,94% de C:8 e 2,22% para C:10.…”

“…Quanto ao teor do ácido linoleico, o leite de vaca exibiu um teor 1,61% maior que o leite de búfala (P≤ 0,05). Os resultados obtidos para o leite bovino se mostraram superiores aos relatados por Lopes et al (2011), que descreveram obtiveram teores médios de 23,95% para C:18:1, 1,07% para C:18:2 e 0,49% para C:18:3. Teores inferiores de ácidos graxos de cadeia longa também foram observados por , porém quanto ao leite bubalino, para o qual relataram teores médios 24,48% para C:18:1, 0,80% para C:18:2 e 0,56% para C:18:3.…”

“…O ácido linoleico conjugado (CLA) é um ácido graxo de cadeia longa que pode ser encontrado naturalmente na gordura da carne e do leite de animais ruminantes, sendo produzida pelas bactérias presentes no intestino destes animais, através da isomerização enzimática do ácido linoleico (Kowaleski, 2018). A presença de CLA em leite e em derivados desperta grande interesse de pesquisadores que, cada vez mais, associam seu consumo a efeitos benéficos a saúde, apresentando propriedades anticarcinogênicas, com a inibição do crescimento tumoral e proliferação celular, atuando na modulação da imunidade, diminuindo processos inflamatórios e influindo na produção de anticorpos, Atuando no controle de diabetes, bem como no controle da gordura corporal, através do aprimoramento do gasto energético e da redução da disposição de gorduras (Lopes, 2011;Milani et al, 2016;Kowaleski, 2018).…”