O maxixe, pertencente à família das cucurbitáceas, tem seus frutos ricos em cálcio e outros minerais, como fósforo, ferro, sódio e magnésio, além de vitaminas A, C e do complexo B. Foi introduzido da África pelos escravos, disseminando-se pelas Américas e pelo mundo. No Brasil, é muito consumido nas regiões Norte, Nordeste e CentroOeste, sendo comercializado diariamente nos mercados e feiras livres; enquanto que na região Sul e parte da região Sudeste, sua comercialização é intermitente e, em geral, regionalizada. Em centros consumidores, como São Paulo, onde a população nordestina é grande, encontra-se maxixe com mais facilidade do que nas cidades do interior. É utilizado na forma de fruto imaturo, podendo ser consumido in natura (salada), em conserva (picles) ou cozido (refogados, sopas, etc. et al., 1999; Robinson & Decker-Walters, 1997). O maxixe adapta-se melhor a solos arenosos, leves e soltos. Quanto à sua fertilização, muitos produtores não realizam adubações, pois ele se beneficia de resíduos de nutrientes aplicados anteriormente. Não obstante, em solos pobres é recomendado o fornecimento de matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio (Pimentel, 1985;Filgueira, 2000).As exigências de nitrogênio pelas plantas variam dependendo do estádio de desenvolvimento e, em algumas culturas, o excesso desse nutriente pode causar desenvolvimento vegetativo em detrimento da produção. Em outras espécies, pode proporcionar folhas mais suculentas e suscetíveis a doenças ou reduzir a produção. Portanto, seu fornecimento em doses adequadas favorece o crescimento vegetativo, expande a área foliar e eleva o potencial produtivo das culturas (Raij, 1991).Em algumas hortaliças produtoras de frutos comercializáveis, o nitrogênio desempenha papel fundamental. No morangueiro, o fornecimento de N proporcionou a mais elevada produção de frutos por planta (Bonini et al., 2000). No pimentão, o N na forma amoniacal elevou a produção comercial de frutos (Silva et al., 2000). No tomateiro, aplicado via fertirrigação promoveu elevação na produção de frutos comerciais (Kano et al., 2000). Em feijão-vagem proporcionou incremento na produção de vagens (Oliveira et al., 2003a). No quiabeiro o aumento na produtividade de frutos pode ser obtido pelo uso de adubação nitrogenada em cobertura (Oliveira et al., 2003b).No maxixeiro, são poucas as informações sobre o emprego do nitrogênio na sua fertilização. Para solos pobres Pimentel (1985) recomenda aplicar apenas 30 g de uréia em cobertura e Filgueira (2000) Foram avaliados a massa média de frutos, o número e a produção de frutos por planta e a produção de frutos. A massa média de frutos atingiu valor máximo de 21 g na dose de 155 kg ha -1 de N. O número máximo (21 frutos) e a produção máxima de frutos por planta de maxixe (469 g) foram alcançados com 153 e 187 kg ha -1 de N, respectivamente. A dose de 188 kg ha -1 de N foi responsável pela produção máxima de 12,7 t ha -1 de frutos. A dose de máxima eficiência econômica foi a de 183 kg ha -1 de N, cuja aplicação proporcionou produção de 1...