No presente artigo assumiu-se como objetivo analisar a concepção de gestão democrática e de diálogo presentes na proposta do Ministério Público para a mediação de conflitos nas escolas brasileiras. A pesquisa é de natureza qualitativa, sendo que se recorreu à análise documental como procedimento metodológico. As análises foram estabelecidas a partir do documento Diálogos e Mediação de Conflitos nas Escolas: Guia Prático para Educadores, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, órgão externo à escola. Os principais resultados apontaram algumas contradições no Guia, o diálogo proposto não coaduna para a efetivação de uma gestão escolar democrática. Quando os professores e a escola recebem um documento pronto, a fim de se atuar diante das situações promotoras de violência, perdem, automaticamente, suas capacidades para a autonomia, outro princípio básico para a efetivação da gestão democrática.