2014
DOI: 10.1590/s0101-73302014000100003
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Enredamentos históricos da participação da esfera privada na questão social e no setor educacional

Abstract: Os piores senhores eram os que se mostravam mais bondosos para com seus escravos, pois assim impediam que o horror do sistema fosse percebido pelos que o sofriam, e compreendido pelos que o contemplavam. (Oscar Wilde) RESUMO: Nas últimas duas décadas intensifi caram-se os mecanismos de intervenção do setor produtivo privado na questão social, com alcance em múltiplos espaços como a educação. O texto problematiza aspectos concernentes dessa relação mediante dois enfoques: no primeiro momento, faz apontamentos a… Show more

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“…No começo da década de 1990, o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial produziu A nova relação entre competitividade e educação: estratégias empresariais (IEDI, 1992), documento que ressaltava a importância da participação direta do empresariado no "trato da educação brasileira" e propunha uma receita para aumentar a "eficiência do sistema educacional", defendendo que os mecanismos de seleção da mão de obra deveriam ser adquiridos por meio dos conteúdos de educação básica. Para efetivar a participação do empresariado na gestão educacional, o Instituto Herbert Levy e a Gazeta Mercantil (pertencente a Herbert Levy, deputado federal-SP, empresário e jornalista) publicam, no ano seguinte, em parceria com a Fundação Bradesco, o texto Ensino fundamental e competitividade empresarialuma proposta para ação do governo, em que o empresariado brasileiro criticava a ineficiência e burocratização do Estado, oferecendo estratégias para uma reforma educacional e para uma nova gestão da educação (SHIROMA at al, 2011;SILVA e SOUSA, 2009;SILVA e DINIZ, 2014;OLIVEIRA, 2003). Brasil pôde desenvolver sua economia sem maiores problemas para a incorporação de trabalhadores à produção industrial.…”
Section: As Temporalidades Do Movimento Reformista Educacionalunclassified
“…No começo da década de 1990, o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial produziu A nova relação entre competitividade e educação: estratégias empresariais (IEDI, 1992), documento que ressaltava a importância da participação direta do empresariado no "trato da educação brasileira" e propunha uma receita para aumentar a "eficiência do sistema educacional", defendendo que os mecanismos de seleção da mão de obra deveriam ser adquiridos por meio dos conteúdos de educação básica. Para efetivar a participação do empresariado na gestão educacional, o Instituto Herbert Levy e a Gazeta Mercantil (pertencente a Herbert Levy, deputado federal-SP, empresário e jornalista) publicam, no ano seguinte, em parceria com a Fundação Bradesco, o texto Ensino fundamental e competitividade empresarialuma proposta para ação do governo, em que o empresariado brasileiro criticava a ineficiência e burocratização do Estado, oferecendo estratégias para uma reforma educacional e para uma nova gestão da educação (SHIROMA at al, 2011;SILVA e SOUSA, 2009;SILVA e DINIZ, 2014;OLIVEIRA, 2003). Brasil pôde desenvolver sua economia sem maiores problemas para a incorporação de trabalhadores à produção industrial.…”
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