2009
DOI: 10.1590/s0101-73302009000300008
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Educação e responsabilidade empresarial: "novas" modalidades de atuação da esfera privada na oferta educacional

Abstract: RESUMO:A intensificação da simbiose entre as esferas pública e privada é coetânea das mutações operadas em nível macrossocial, derivadas, sobretudo, dos processos de reforma do Estado e das mudanças no mundo do trabalho. Neste artigo colocaremos em relevo os arenosos terrenos do espaço público e a expansão da intervenção do setor privado. Recuperamos os discursos, políticas e práticas do empresariado para a educação escolar mediante os dispositivos da responsabilidade social empresarial e do trabalho voluntári… Show more

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“…No começo da década de 1990, o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial produziu A nova relação entre competitividade e educação: estratégias empresariais (IEDI, 1992), documento que ressaltava a importância da participação direta do empresariado no "trato da educação brasileira" e propunha uma receita para aumentar a "eficiência do sistema educacional", defendendo que os mecanismos de seleção da mão de obra deveriam ser adquiridos por meio dos conteúdos de educação básica. Para efetivar a participação do empresariado na gestão educacional, o Instituto Herbert Levy e a Gazeta Mercantil (pertencente a Herbert Levy, deputado federal-SP, empresário e jornalista) publicam, no ano seguinte, em parceria com a Fundação Bradesco, o texto Ensino fundamental e competitividade empresarialuma proposta para ação do governo, em que o empresariado brasileiro criticava a ineficiência e burocratização do Estado, oferecendo estratégias para uma reforma educacional e para uma nova gestão da educação (SHIROMA at al, 2011;SILVA e SOUSA, 2009;SILVA e DINIZ, 2014;OLIVEIRA, 2003). Brasil pôde desenvolver sua economia sem maiores problemas para a incorporação de trabalhadores à produção industrial.…”
Section: As Temporalidades Do Movimento Reformista Educacionalunclassified
“…No começo da década de 1990, o Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial produziu A nova relação entre competitividade e educação: estratégias empresariais (IEDI, 1992), documento que ressaltava a importância da participação direta do empresariado no "trato da educação brasileira" e propunha uma receita para aumentar a "eficiência do sistema educacional", defendendo que os mecanismos de seleção da mão de obra deveriam ser adquiridos por meio dos conteúdos de educação básica. Para efetivar a participação do empresariado na gestão educacional, o Instituto Herbert Levy e a Gazeta Mercantil (pertencente a Herbert Levy, deputado federal-SP, empresário e jornalista) publicam, no ano seguinte, em parceria com a Fundação Bradesco, o texto Ensino fundamental e competitividade empresarialuma proposta para ação do governo, em que o empresariado brasileiro criticava a ineficiência e burocratização do Estado, oferecendo estratégias para uma reforma educacional e para uma nova gestão da educação (SHIROMA at al, 2011;SILVA e SOUSA, 2009;SILVA e DINIZ, 2014;OLIVEIRA, 2003). Brasil pôde desenvolver sua economia sem maiores problemas para a incorporação de trabalhadores à produção industrial.…”
Section: As Temporalidades Do Movimento Reformista Educacionalunclassified
“…Maurício (2016) enfatiza que, além da produção de material didático, algumas proposições dessas grandes corporações para a educação em tempo integral são a realização de atividades em parceria com a escola e assessoria na formulação, implantação e acompanhamento dos programas e projetos e, inclusive, elaboração de planos de educação integral dos municípios e dos estados.Desse modo, entende-se que a ETI se constitui também em mais uma porta de acesso do setor privado ao sistema público de ensino que podem contribuir para fortalecer os princípios mercadológicos desse setor que enrodilham a escola e interferem em seu funcionamento. Importante se faz, conforme argumenta Silva eSouza (2009), aceitar o desafio de capturar os interesses nas proposições do setor privado para a instituição escolar e MEC/Inep/DEED In: BRASIL (2016b, p.17). Censo escolar.O número de matrículas por região também é outro dado relevante por permitir entender melhor a dinâmica de matrículas do programa em todo o território dando uma noção da adesão das escolas em cada uma e a inferência de fatores que podem estar estimulando essa inserção doa alunos.…”
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