2002
DOI: 10.1590/s0101-73302002008100003
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Analfabetismo e níveis de letramento no Brasil: o que dizem os censos?

Abstract: RESUMO:O texto começa discutindo a velha questão da qualidade das estatísticas educacionais e alguns aspectos metodológicos relacionados com a utilização destas na pesquisa em educação. Analisa a seguir o analfabetismo, focalizando: a) a sua emergência como problema político no final do período imperial; b) a evolução do conceito; c) a tendência secular, em números porcentuais e absolutos, desde o primeiro censo em 1872 até o Censo 2000. Por últi-mo, com base no Censo 2000, classifica a população em diferentes… Show more

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“…Em artigo importante, Ferraro (2002) fez uma análise dos índices de 2000 e estabeleceu, com base na informação censitá-ria sobre os anos de estudo, níveis de letramento da população. O autor detalha-nos que, entre os brasileiros com 15 anos de idade ou mais, eram 15,2 milhões (14,1%) os que não possuíam nenhuma instrução ou tinham menos de 1 ano de estudo; 19,3 milhões (18,0%) tinham de 1 a 3 anos de estudo; 36 milhões (33,6%) tinham de 4 a 7 anos de estudo; somados, esses índices representavam 71 milhões de pessoas (66,6%) que não tiveram nem sequer o mínimo constitucional representado pelo ensino fundamental completo.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Em artigo importante, Ferraro (2002) fez uma análise dos índices de 2000 e estabeleceu, com base na informação censitá-ria sobre os anos de estudo, níveis de letramento da população. O autor detalha-nos que, entre os brasileiros com 15 anos de idade ou mais, eram 15,2 milhões (14,1%) os que não possuíam nenhuma instrução ou tinham menos de 1 ano de estudo; 19,3 milhões (18,0%) tinham de 1 a 3 anos de estudo; 36 milhões (33,6%) tinham de 4 a 7 anos de estudo; somados, esses índices representavam 71 milhões de pessoas (66,6%) que não tiveram nem sequer o mínimo constitucional representado pelo ensino fundamental completo.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Já na Sinopse do censo de 1900, referente à instrução -que pode ser encontrada no relatório da DGE no ano de 1908 -, há ênfa-se na descrição dos analfabetos. O quadro "sexo, nacionalidade e analfabetismo dos habitantes" apresenta os campos "analfabetos brasileiros", "analfabetos estrangeiros" e "analfabetos de nacionalidade ignorada", sendo subdivididos por sexo e por idade (menores e maiores de 15) Como aponta Ferraro (2002), o analfabetismo no Brasil não assumia um cará-ter pejorativo e desqualifi cante ao longo do século XIX, com uma população marcadamente iletrada. Com a mudança da lei eleitoral de 1881, que excluiu o voto dos analfabetos, o indivíduo que não dominava o código escrito foi sendo, progressivamente, representado como não cidadão (em termos políticos).…”
Section: Dados Sobre Instrução: Distinção Entre Alfabetização E Escolunclassified
“…Ferraro, 2002), na revisão optou-se por abandonar esta parte, porquanto o aprofundamento teórico e empírico do tema do letramento e de sua relação com a alfabetização demandaria no mínimo outro artigo.…”
Section: Finalizandounclassified
“…Em relação a este ponto, o autor entende que a análise da trajetória da taxa de analfabetismo do primeiro censo (1872) ao último (2000) não oferece evidências de que tal mudança conceitual tenha comprometido, no nível aventado pelo іяєђ, a comparabilidade entre os censos até 1940 e os que sobrevieram a partir de 1950 (Ferraro, 2002).…”
unclassified