“…O trabalho desses/as profissionais é dotado de uma capacidade teórico-metodológica, técnico-operativa e éticopolítica, proporcionada por sua formação acadêmica e pelas experiências adquiridas no campo de intervenção, que os/as possibilitam intervir propondo espaços de autonomia de sujeitos sociais mediante o cotidiano por eles/as vivenciado. Portanto, não se trata de qualquer trabalho profissional, mas da instrumentalidade do Serviço Social que abre a possibilidade de estabelecer relação com a metodologia problematizadora de Paulo Freire em sua função pedagógica(OLIVEIRA et al, 2013).Iniciativas de aprofundamento entre Serviço Social e EP são hoje apresentadas na retomada de metodologias de trabalho centradas em meios como oficinas, teatro-fórum, sociodrama, dentre outros, e que já começam a aparecer no contexto de desenvolvimento do trabalho e na elaboração teórica sobre ele(GONÇALVES et al, 2019), mas ainda pouco incipiente para tratarmos de forma mais aprofundada nos limites desse estudo. Apesar de demonstrarem meios de trabalho para construção de contracultura e subversão e da retomada de alguns elementos básicos da abertura da cultura profissional aos novos elementos da EP, ainda há caminhos a percorrer nessa direção no interior do Serviço Social brasileiro.Isso quer dizer que a EP está presente na dimensão do trabalho político-pedagógico que visa a reflexão por meio do diálogo, da problematização, da conscientização, e tem como ponto de partida a realidade de sujeitos, preservando a sua autonomia acima das imposições e demandas institucionais em que o/a assistente social exerce o seu trabalho.…”