2013
DOI: 10.1590/s0101-66282013000200005
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A percepção do assistente social acerca do racismo institucional

Abstract: A complexidade das relações raciais no Brasil revela o campo de disputas em que o Serviço Social é chamado a intervir, pois o projeto ético-político que orienta o trabalho profissional do assistente social é portador de uma direção social na perspectiva da emancipação dos sujeitos coletivos. O presente trabalho é resultado da pesquisa e da reflexão sobre o racismo institucional e o trabalho do assistente social. Busca-se investigar a percepção dos profissionais acerca do racismo, do preconceito e da discrimina… Show more

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“…A reestruturação do modelo de atenção à saúde mental proposto com a Reforma Psiquiátricanecessita do resgatedo contexto histórico, político, social e cultural da sociedade brasileira, compreendendo os determinantes biopsicossociais no processo de saúde-doença-cuidado, a partir de abordagens e análises que racializem a loucura e o uso prejudicial de substâncias psicoativas no país, pois mesmo os serviços substitutivos podem perpetuar as práticas manicomiais e racistas, demonstrando a necessidade de uma educação permanente e libertadora.É importante discutir as diversas maneiras que o racismo institucional se apresenta no serviço de saúde mental, sendo a invisibilização da questão étnico-racial uma delas, que ocorre tanto na não adesão do quesito raça/cor/etnia, como na não discussão sobre a questão racial nos espaços de conversas entre profissionais e usuários. Eurico (2013) pontua que o racismo configura-se como institucional quando perpassa o cotidiano das instituições, com ações de discriminação racial que são consideradas anônimas, pois não pode ser atribuído ao indivíduo isoladamente. "Ele se expressa no acesso à escola, ao mercado de trabalho, na criação e implantação de políticas públicas que desconsideram as especificidades raciais e na reprodução de práticas discriminatórias arraigadas nas instituições".…”
Section: Redução Deunclassified
“…A reestruturação do modelo de atenção à saúde mental proposto com a Reforma Psiquiátricanecessita do resgatedo contexto histórico, político, social e cultural da sociedade brasileira, compreendendo os determinantes biopsicossociais no processo de saúde-doença-cuidado, a partir de abordagens e análises que racializem a loucura e o uso prejudicial de substâncias psicoativas no país, pois mesmo os serviços substitutivos podem perpetuar as práticas manicomiais e racistas, demonstrando a necessidade de uma educação permanente e libertadora.É importante discutir as diversas maneiras que o racismo institucional se apresenta no serviço de saúde mental, sendo a invisibilização da questão étnico-racial uma delas, que ocorre tanto na não adesão do quesito raça/cor/etnia, como na não discussão sobre a questão racial nos espaços de conversas entre profissionais e usuários. Eurico (2013) pontua que o racismo configura-se como institucional quando perpassa o cotidiano das instituições, com ações de discriminação racial que são consideradas anônimas, pois não pode ser atribuído ao indivíduo isoladamente. "Ele se expressa no acesso à escola, ao mercado de trabalho, na criação e implantação de políticas públicas que desconsideram as especificidades raciais e na reprodução de práticas discriminatórias arraigadas nas instituições".…”
Section: Redução Deunclassified
“…Segundo Eurico (2013) o racismo institucional se expressa na dificuldade de "acesso à escola, ao mercado de trabalho, na criação e implantação de políticas públicas que desconsideram as especificidades raciais e na reprodução de práticas discriminatórias arraigadas nas instituições" (EURICO, 2013, p. 299). Ainda segundo a autora, a situação social das mulheres negras é marcada pela violência contra si, seu corpo e sua vida, e também pela violência que atinge seus filhos, irmãos, companheiros, netos, bisnetos, massacrados pelos números da violência no Brasil, que mata majoritariamente a população negra.…”
Section: Jongo De Tradição Familiar E Resistênciaunclassified
“…11 Atualmente, o segmento populacional negro continua em estado de vulnerabilidade, propício a danos advindos do racismo social, além de estarem constantemente esquecidos em relação às ações das políticas públicas que lhe são de direito, inclusive, àquelas ligadas à saúde. 23 Assim, é necessária a desconstrução do racismo no SUS por meio do manejo por parte dos gestores na promoção de formação e educação continuada dos profissionais, com vista a assegurar a prevenção e atenção aos agravos e necessidades particulares deste segmento populacional. 24 O trabalho com a comunidade também foi ressaltado entre os entrevistados como uma maneira eficaz de prevenir o racismo em todas as suas formas, principalmente na saúde.…”
Section: (E4)unclassified