2003
DOI: 10.1590/s0101-546x2003000200002
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A União dos Homens de Cor: aspectos do movimento negro dos anos 40 e 50

Abstract: ResumoO objetivo deste texto é discutir a respeito de algumas estratégias organizativas empregadas pela União dos Homens de Cor (UHC) -grupo fundado em Porto Alegre em 1943 e que cinco anos mais tarde se ramificava por mais dez estados da Federação -, em diferentes partes do território nacional através dos periódicos da imprensa negra. Este é um exercício teórico na direção de uma análise sobre a construção e de uma identidade racial negra no Brasil, entre os anos 40 e 50, tendo como estudo de caso a UHC. Em p… Show more

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“…Nesse particular, a análise aqui realizada revela um intelectual e ativista negro de primeira linha, de sólida erudição, apesar de ter-se mantido fora das instituições e dos canais de consagração de sua época. Algo que, de certo, em muito prejudicou sua posterior integração aos cânones do pensamento social brasileiro, pois, sem dúvida, ele faz parte de uma geração de outrora de ativistas negros -quase todos homens -, que alcançaram uma inegável qualificação intelectual (no século XX) antes da década de 1980, mas que também foram esquecidos ou secundarizados nesse campo, como Manuel Querino, Lino Guedes, Abdias do Nascimento, Raymundo Souza Dantas, José Correia Leite, Guerreiro Ramos, Eduardo de Oliveira e Oliveira, Solano Trindade, Oliveira Silveira, Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus e talvez outros ainda pouco conhecidos, como Jayme Aguiar (editor do Clarim da Alvorada), Sebastião Rodrigues Alves (TEN), Sofia Campos, Virginia Bicudo, Fernando Góes (escritor e jornalista), Francisco Lucrécio (Frente Negra Brasileira), João Cabral Neves (da União dos Homens de Cor -UHC, Porto Alegre [Silva, 2003]), José Pompílio da Hora (UHC, RJ). É um grupo pequeno, certamente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…Nesse particular, a análise aqui realizada revela um intelectual e ativista negro de primeira linha, de sólida erudição, apesar de ter-se mantido fora das instituições e dos canais de consagração de sua época. Algo que, de certo, em muito prejudicou sua posterior integração aos cânones do pensamento social brasileiro, pois, sem dúvida, ele faz parte de uma geração de outrora de ativistas negros -quase todos homens -, que alcançaram uma inegável qualificação intelectual (no século XX) antes da década de 1980, mas que também foram esquecidos ou secundarizados nesse campo, como Manuel Querino, Lino Guedes, Abdias do Nascimento, Raymundo Souza Dantas, José Correia Leite, Guerreiro Ramos, Eduardo de Oliveira e Oliveira, Solano Trindade, Oliveira Silveira, Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus e talvez outros ainda pouco conhecidos, como Jayme Aguiar (editor do Clarim da Alvorada), Sebastião Rodrigues Alves (TEN), Sofia Campos, Virginia Bicudo, Fernando Góes (escritor e jornalista), Francisco Lucrécio (Frente Negra Brasileira), João Cabral Neves (da União dos Homens de Cor -UHC, Porto Alegre [Silva, 2003]), José Pompílio da Hora (UHC, RJ). É um grupo pequeno, certamente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…L. Nascimento, 1981E. L. Nascimento, , 2003Guimarães, 1999Guimarães, , 2002Macedo, 2005;Maio, 1997;Martins, 1989;Mauês, 1988Mauês, , 1999Muller, 1988;Munanga, 1983;Pinto, 1998Pinto, [1953; Silva, 2003).…”
unclassified
“…(SILVA, 2011) Organizações como a Frente Negra Brasileira, indicavam representações negras em cargos eletivos, bem como, buscavam a inserção de negros no âmbito parlamentar (estaduais ou municipais) para aliarem-se aos quadros da organização. (SILVA, 2003) Apesar disso, o combate ao racismo, especificamente, recebeu pouca atenção por parte dos governos na primeira metade do século XX. Mesmo com a Lei Afonso Arinos, em 1951, considerada a primeira lei penal sobre discriminação no Brasil, e, portanto um ponto de apoio importante na "luta antirracista", as ações por parte do Estado não se tornaram mais incisivas em coibir as ações racistas no Brasil.…”
Section: Breve Resgate Histórico Da Atuação Do Movimento Negro No Braunclassified
“…Utilizing the greater degree of social prestige due to their presence in cultural and academic areas, and in the media, these religions (above all Candomblé and Umbanda) began to be seen as legitimate possibilities of mass conversion, not only for black people, but also for people of mixed race, whites, artists, intellectuals and members of the urban middle class, including the cosmopolitan inhabitants of the metropolises in the Southeast of Brazil. Curiously, this tendency to elevate the universal con- With the redemocratization of the country a new stage of the relationship between civil society and government began, with the state and the 2 For an overview of the formation of this see, among others: Barbosa, 1994;Nascimento e Nascimento, 2000;Hanchard, 2001;Silva, 2003;Contins, 2005;Hafbauer, 2006;Alberti e Pereira, 2007;Pereira, 2008;Silva e Pereira, 2009;Pereira, 2013. The third factor was the cultural-artistic movements that emerged, above all in Bahia, led by the ' Afro blocks' that initially proposed a street carnival as an alternative to the file past of the carioca samba schools, and even to Salvador's carnival, characterized as it was by an 'apartheid' of ethnicities and spaces. These blocks, with their references to rhythms, colors, aesthetics and dances, in which the quest for Africa is highly valued as a form of expression and construction of identity, emphasized their cultural connections with the Afro-Baiano religions.…”
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