“…Nesse particular, a análise aqui realizada revela um intelectual e ativista negro de primeira linha, de sólida erudição, apesar de ter-se mantido fora das instituições e dos canais de consagração de sua época. Algo que, de certo, em muito prejudicou sua posterior integração aos cânones do pensamento social brasileiro, pois, sem dúvida, ele faz parte de uma geração de outrora de ativistas negros -quase todos homens -, que alcançaram uma inegável qualificação intelectual (no século XX) antes da década de 1980, mas que também foram esquecidos ou secundarizados nesse campo, como Manuel Querino, Lino Guedes, Abdias do Nascimento, Raymundo Souza Dantas, José Correia Leite, Guerreiro Ramos, Eduardo de Oliveira e Oliveira, Solano Trindade, Oliveira Silveira, Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus e talvez outros ainda pouco conhecidos, como Jayme Aguiar (editor do Clarim da Alvorada), Sebastião Rodrigues Alves (TEN), Sofia Campos, Virginia Bicudo, Fernando Góes (escritor e jornalista), Francisco Lucrécio (Frente Negra Brasileira), João Cabral Neves (da União dos Homens de Cor -UHC, Porto Alegre [Silva, 2003]), José Pompílio da Hora (UHC, RJ). É um grupo pequeno, certamente.…”