2006
DOI: 10.1590/s0101-47142006000100002
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Revisitando casas-grandes e senzalas: a arquitetura das plantations escravistas americanas no século XIX

Abstract: RESUMO: O artigo analisa a planta arquitetônica de grandes unidades rurais escravistas do Vale do Paraíba cafeeiro (Brasil), do cinturão algodoeiro de Matanzas-Cienfuegos-Trinidad (Cuba) e do cinturão algodoeiro do Alabama e do baixo vale do Mississippi nos Estados Unidos, todas construídas na primeira metade do século XIX. O foco incide sobre as relações entre os processos produtivos e a disposição das casas de vivenda senhoriais e das moradias escravas. O objetivo é examinar o peso respectivo que a função e … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2010
2010
2023
2023

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

2
3

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(2 citation statements)
references
References 5 publications
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…Isso significaria a inserção ativa do Brasil, Cuba e Estados Unidos enquanto países capitalistas (ou "escravistas-capitalistas") no mundo, e não apenas economias coloniais ditadas pelo ritmo de mercado capitalista europeu. Marquese (2006) faz uma análise da paisagem do café, seja na arquitetura do chamado quadrilátero funcional, seja na conformação da paisagem natural -com as fileiras de café plantadas em linha reta para controle da escravaria, sem cuidados ambientais com a erosão que isso causava; em vez de plantar respeitando a curva de nível, por exemplo. Para essa análise, o autor observou juntamente manuais agrícolas e fontes manuscritas e as estratégias de controle e redução das margens de autonomia que os grupos escravizados teriam passado a experienciar na região de plantation do Vale do Paraíba nos oitocentos.…”
Section: O Brasil No Mundo Atlântico No Século XIXunclassified
“…Isso significaria a inserção ativa do Brasil, Cuba e Estados Unidos enquanto países capitalistas (ou "escravistas-capitalistas") no mundo, e não apenas economias coloniais ditadas pelo ritmo de mercado capitalista europeu. Marquese (2006) faz uma análise da paisagem do café, seja na arquitetura do chamado quadrilátero funcional, seja na conformação da paisagem natural -com as fileiras de café plantadas em linha reta para controle da escravaria, sem cuidados ambientais com a erosão que isso causava; em vez de plantar respeitando a curva de nível, por exemplo. Para essa análise, o autor observou juntamente manuais agrícolas e fontes manuscritas e as estratégias de controle e redução das margens de autonomia que os grupos escravizados teriam passado a experienciar na região de plantation do Vale do Paraíba nos oitocentos.…”
Section: O Brasil No Mundo Atlântico No Século XIXunclassified
“…As relações sociais e de trabalho na plantation, assim como no ciclo comercial, apresentavam situações de dominação nas quais os latifundiários, ou senhores de terras, mantinham a curtas rédeas os trabalhadores livres e os escravizados. Além disso, trabalho, práticas religiosas, moradia, festas, alimentação, lazer, entre outros, estavam entre as dimensões da vida da classe trabalhadora controladas pelo poder do senhor de terras (MARQUESE, 2006). A plantation, portanto, foi um modelo de produção baseado na dominação de territórios, corroborando as relações de poder que acompanharam os séculos coloniais e, ainda persistem na atualidade, através das políticas públicas agrárias que mantêm a modernização conservadora do campo.…”
Section: Os Modelos Hegemônicos: Plantation Agricultura Capitalista unclassified