1994
DOI: 10.1590/s0101-47141994000100013
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História de uma coleção: Miguel Calmon e o Museu Histórico Nacional

Abstract: No final da década de 60, a direção do Museu Histórico Nacional decidiu reformular o circuito de exposições, desmontando as salas dedicadas aos "grandes personagens" para dar lugar a uma história dos grandes ciclos, dos chamados processos estruturais. Nesse novo formato de museu, a ênfase recaiu numa lógica evolutiva de sucessão de períodos, onde os "personagens" se não foram completamente banidos, perderam seu caráter de exemplaridade ou deixaram de ser apresentados como protagonistas de ações espetaculares r… Show more

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“…As exposições eram comprometidas com uma História factual e com o culto à personalidade, em detrimento de uma reflexão crítica. O MHN acabou servindo de modelo para a museologia brasileira das décadas de 1930 e 1940, comprometida com a ideia de memória nacional enquanto fator de integração social, na qual não há espaço para problematizar diferenças, conflitos e contradições presentes na sociedade(ABREU, 1996).Com a morte de Barroso, o MHN passa de "museu-memória" para "lugar de memória"(NORA, 1993): a seleção acrítica e elitista dá lugar a uma linha histórica evolutiva, na qual os Interfaces da Educação, Paranaíba, V. 13, N. 39, p. 665 a 686, ano 2023 ISSN 2177-7691 675 objetos e sua organização servem para contar uma narrativa. O objetivo do MHN se tornou o de fazer a síntese da História da nação brasileira, atribuindo o mesmo valor a todos os períodos, desfazendo as salas dedicadas aos grandes heróis e passando a descrever a cronologia de sucessão dos regimes políticos.…”
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“…As exposições eram comprometidas com uma História factual e com o culto à personalidade, em detrimento de uma reflexão crítica. O MHN acabou servindo de modelo para a museologia brasileira das décadas de 1930 e 1940, comprometida com a ideia de memória nacional enquanto fator de integração social, na qual não há espaço para problematizar diferenças, conflitos e contradições presentes na sociedade(ABREU, 1996).Com a morte de Barroso, o MHN passa de "museu-memória" para "lugar de memória"(NORA, 1993): a seleção acrítica e elitista dá lugar a uma linha histórica evolutiva, na qual os Interfaces da Educação, Paranaíba, V. 13, N. 39, p. 665 a 686, ano 2023 ISSN 2177-7691 675 objetos e sua organização servem para contar uma narrativa. O objetivo do MHN se tornou o de fazer a síntese da História da nação brasileira, atribuindo o mesmo valor a todos os períodos, desfazendo as salas dedicadas aos grandes heróis e passando a descrever a cronologia de sucessão dos regimes políticos.…”
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“…lugares de memória nascem de uma seletividade intencional, que passa por relações de poder: quem decide o que devemos e como devemos lembrar e esquecer?A partir das ideias deNora (1993) eAbreu (1996), e com base na preconcepção dos alunos sobre o papel de um museu, buscou-se durante a aula de campo problematizar o significado que o conceito de memória passou a ter ao ser incorporado aos museus, em especial os históricos. De maneira acrítica, esses locais seriam vistos muitas vezes como de valorização e preservação de uma memória entendida como imparcial, legítima e única.Confunde-se, ainda, com o que seria uma "História oficial" de um determinado povo ou nação, ao eleger, por exemplo, eventos e datas que devem ser lembrados e obras de arte e autores que devem ser preservados e reverenciados.…”
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“…Neste contexto, ganham espaço trabalhos focados nas ações dos sujeitos sociais, na construção dos processos históricos e na dimensão cultural das lutas sociais mais amplas como um espaço de luta política e identitária (Abreu, 2007).…”
Section: História Memória E Turismo: Os Museus-casa E Seus Itinerário...unclassified