“…Esses encontros prévios entre o político brasileiro de centro-direita e o líder revolucionário argentino-cubano fundamentavam-se nas doutrinas do nacional-desenvolvimentismo, do anticolonialismo e do republicanismo -além do desejo de Quadros de contemporizar com a esquerda brasileira, especialmente com os trabalhistas, comunistas e socialistas. Eis as ambiguidades de um governo internamente conservador, moralista e de centro-direita; porém progressista, não intervencionista, independente, anticolonialista, desenvolvimentista e equidistante em política externa(LOUREIRO, 2010;BRAZ, 2006).Em 19 de agosto de 1961, o presidente Quadros e o ministro Guevara tiveram um encontro reservado cujo desenvolvimento ainda não foi possível documentar de forma direta. Fontes secundárias indicam que, na oportunidade, o ministro Guevara teria reafirmado que Cuba não se transformaria em um satélite soviético, notadamente em termos políticos, econômicos, ideológicos e militares.…”