2008
DOI: 10.1590/s0101-33002008000100012
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O grau zero da arquitetura na era financeira

Abstract: A arquitetura contemporânea experimenta uma arriscada fusão com a publicidade e a indústria do entretenimento. A forma arquitetônica está sendo explorada em seus limites materiais, até a inversão de seus fundamentos construtivos e produtivos, num jogo de volumes e efeitos, aparentemente sem regras e limitações, em busca do grau máximo da renda. Este artigo interpreta essa nova condição da arquitetura -da formação do fetiche e do capital fictício aos canteiros de obra -, tomando como fio condutor a produção do … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
13

Year Published

2009
2009
2021
2021

Publication Types

Select...
4
2

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 8 publications
(13 citation statements)
references
References 0 publications
0
0
0
13
Order By: Relevance
“…Quarta "tese": Não existe arquitetura decolonial porque não existe ensino de arquitetura decolonial porque não existe arquitetura decolonial Tomo o título de um texto da arquiteta brasileira Ana Paula Baltazar (2020) para, com ela, me referir à im-possibilidade de eclosão da decolonialidade se forem mantidos os traços desenhados, desde o Renascimento, no ensino de projetação em arquitetura: um paradigma de representação que, ainda no presente, reifica a cisão entre projeto e canteiro -também uma divisão racial do trabalho há décadas denunciada (FERRO, [1976(FERRO, [ ] 1979ARANTES, 2008;MOASSAB, 2020) -e a produção de espaços extraordinários, que desapoia soluções à vida cotidiana.…”
Section: Terceira "Tese": a Modernidade/colonialidade é Catástrofe Metafísica Que Naturaliza A Extração Da Natureza A Arquitetura Como Veunclassified
“…Quarta "tese": Não existe arquitetura decolonial porque não existe ensino de arquitetura decolonial porque não existe arquitetura decolonial Tomo o título de um texto da arquiteta brasileira Ana Paula Baltazar (2020) para, com ela, me referir à im-possibilidade de eclosão da decolonialidade se forem mantidos os traços desenhados, desde o Renascimento, no ensino de projetação em arquitetura: um paradigma de representação que, ainda no presente, reifica a cisão entre projeto e canteiro -também uma divisão racial do trabalho há décadas denunciada (FERRO, [1976(FERRO, [ ] 1979ARANTES, 2008;MOASSAB, 2020) -e a produção de espaços extraordinários, que desapoia soluções à vida cotidiana.…”
Section: Terceira "Tese": a Modernidade/colonialidade é Catástrofe Metafísica Que Naturaliza A Extração Da Natureza A Arquitetura Como Veunclassified
“…As obras de Arquitetura, alçadas à condição de mercadoria cultural, parecem atingir um grau inédito de fetichismo. 10 Segundo Pedro Arantes (2008), a novidade reside na exploração da forma arquitetônica em seus limites materiais, "até a inversão de seus fundamentos construtivos" . É nesse sentido que a figura da membrana ou epiderme é recorrente nas obras de arquitetos contemporâneos premiados.…”
Section: O Discursounclassified
“…Além disso, em geral, essa arquitetura monumental é de marca ou de grife, ou seja, assinada por arquitetos de renome internacional; embora isso não seja mencionado por Castells e Borja (1996), no projeto de cidade estratégico. Para Pedro Arantes (2008), a arquitetura de marca 6 , como ele denomina, está relacionada com o capital financeiro e propostas arquitetônicas de soluções únicas e, portanto, gerando outro tipo de renda, "não apenas a velha renda fundiária". O autor diz, sobre essa arquitetura:…”
Section: Pós-unclassified
“…Pollack (2005), ter ficado constrangido ao ver, pela primeira vez, seu edifício construído, perguntando-se, então: "Como me deixaram fazer isso?" Pedro Arantes (2008) afirma ser o edifício um caso bem-sucedido, não apenas como surpreendente aparato técnico/estético, mas também, ou, sobretudo, como estratégia rentista, devido às rendas de monopólio 7 que gera para os diversos agentes envolvidos, por ser divulgado pelos canais midiáticos como ápice da produção arquitetônica recente.…”
Section: Pós-unclassified