Esporte universitário brasileiro: uma leitura a partir de suas relações com o Estado

Abstract

* O presente trabalho não contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização.Não houve conflitos de interesses para realização do presente estudo.

Gestão das políticas públicas do Ministério do Esporte do Brasil

“…O JUBs no Brasil pode ser dividido em quatro etapas: a) a primeira fase foi iniciada em 1916 e envolvia apenas os universitários do Rio de Janeiro e São Paulo; b) a segunda fase do JUBs deu-se em 1941, quando o Estado passou a investir no esporte universitário; c) a terceira fase foi iniciada na década de 80, com a separação entre esporte amador e pro ssional e perdurou até a década de 90, quando o JUBs começou a ser utilizado como lucro nanceiro; e d) a quarta fase e atual foi iniciada em 2004, quando o esporte adquiriu "status" de Ministério, optando por um modelo híbrido de gestão, envolvendo o CBDU, COB, além do incentivo as parcerias entre o setor público e privado 56 . j.…”

Models of Development and Management of Brazilian University Sports: An Interpretation according to its Relationship with the State

“…Even though university teams were considered a highperformance 8 practice in 2003, it also showed a strong relationship with the state, through financial and technical support, in addition to the intervention in the FPDU and CBDU. This mismatch occurs because the Brazilian legislation gives priority to resources for educational sports (Starepravo et al, 2010b) 9 . On the other hand, high performance sports are, up to a certain proportion, supported by the state, but essentially by private initiative, since they tend to have the same characteristics as goods for sale.…”

Escala de identidade acadêmica e atlética (AAIS-Br): adaptação e evidências de validade para a população universitária brasileira

“…Nesse sentido, é possível observar práticas variadas do esporte dentro das IES brasileiras, integrando um pouco do que existe no contexto americano e europeu. Em outras palavras, neste segmento encontram-se atualmente práticas voltadas para os três tipos de esporte reconhecidos pelas leis brasileiras: esporte-educação (aprendizado de alguma modalidade), esporte-performance (de rendimento e alto desempenho, que visa a seleção de alunos para disputa de campeonatos) e esporte-participação (prática esportiva livre que visa o lazer e a integração estudantil) (Starepravo et al, 2010).…”

“…Isso é reforçado por pesquisas mais recentes (C.G. Barbosa, 2014Barbosa, , 2017Malagutti, 2015;Starepravo et al, 2010), que descrevem o esporte universitário brasileiro com um alto potencial de crescimento, mas com gestões amadoras e pouco financiamento.…”

“…Além disso, a ausência de definições claras sobre o lugar do esporte universitário (C.G Barbosa, 2014;Maroni, 2012(Fiochi-Marques et al, 2018;Starepravo et al, 2010).Por sua vez, a correlação positiva entre a identidade acadêmica e identidade profissional era esperada no estudo. O resultado indicou que os participantes derivam a sua identidade profissional não da identidade atlética, mas da identidade acadêmica, vendo nos estudos uma questão ligada à identificação profissional.…”