“…Uma vez que uma hipótese (logicamente consistente) formulada pudesse gerar previsões, seria requerido dela a descrição das condições sob as quais ela poderia ser invalidada e, assim, descartada. Desse modo, o que se requer da ciência é a especificação não da Além dos apelos ideológicos (defesa de uma sociedade "livre" com ataque simultâneo ao comunismo), a proposta falseasionista de Popper caiu no gosto dos economistas (ainda que sua adesão prática a ela seja duvidosa) porque oferecia também uma alternativa ao debate, particularmente intenso entre eles, entre dedução versus indução, pois o falseasionismo é consistente com o apriorismo dedutivo, ao permitir que hipóteses sejam formuladas com base na introspecção ou na suposição de ação racional, bem como com a tradição histó-rico-indutivista, já que o falseasionismo exige o teste empírico e a "disciplina dos dados" (Hands, 1992:21/22 (Popper, 1993;Popper, 1985;Ganem, 2012 Se o princípio da racionalidade é falso, o modelo deve ser também falso. Apesar disso, argumenta Popper, ele é a melhor aproximação da verdade porque a) é mais informativo, interessante e testável, e embora o princípio da racionalidade possa ser um fator contribuinte para a refutação do modelo, a principal responsabilidade por isso é do próprio modelo; b) conduz a menos arbitrariedades.…”