2011
DOI: 10.1590/s0100-85872011000100007
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Círio de Nazaré: agenciamentos, conflitos e negociação da identidade amazônica

Abstract: 1 O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.Eduardo Galeano 2 Etnografia impressionista e impressões etnográficasO Círio de Nazaré é imensidão, intensidade, emoção, corporeidade, aparente confusão, conflitos de identidade, festa devocional, celebração de alteridade. Esses registros, sentidos desde o primeiro contato com a festa, em 2010, configuram um campo de pesquisa no qual um conjunto de manifestações religiosas e profanas se revela co… Show more

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“…Segundo Santos (2004), o retorno à comunidade e às origens não faz a festa deixar de ser controlada pela elite local. 26 Um estudo que corrobora essa ideia de agenciamentos estratégicos é o de Lopes (2011), quando descreve os diferentes agenciamentos para tornar difuso o Círio de Nazaré, resultando numa formação inclusiva que aglutina a diversidade de identidades amazônicas sob o manto da identidade católica. 27 Regina Weber (2002) chama a atenção para a classificação que distingue os "brasileiros" dos "de origem", presente tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina.…”
Section: Ações Culturais E Promoção De Um Grupo éTnicounclassified
“…Segundo Santos (2004), o retorno à comunidade e às origens não faz a festa deixar de ser controlada pela elite local. 26 Um estudo que corrobora essa ideia de agenciamentos estratégicos é o de Lopes (2011), quando descreve os diferentes agenciamentos para tornar difuso o Círio de Nazaré, resultando numa formação inclusiva que aglutina a diversidade de identidades amazônicas sob o manto da identidade católica. 27 Regina Weber (2002) chama a atenção para a classificação que distingue os "brasileiros" dos "de origem", presente tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina.…”
Section: Ações Culturais E Promoção De Um Grupo éTnicounclassified
“…Ficavam de fora, assim, manifestações que indígenas das Américas, e tribos da África e da Oceania, por exemplo, consideravam sua maior riqueza, como rituais, narrativas sobre sua origem, lugares da natureza usados como templos, formas de fabricar objetos"(IPHAN, 2012, p. 13). 36 A alcunha de Carnaval devoto na literatura especializada se dá a partir da pesquisa de Isidoro Alves(ALVES, 1980; AMARAL, 1998; IPHAN, 2006, LOPES, 2011 em virtude dos elementos sagrados e profanos que compõem a festividade desde sua origem. Já a alcunha de Natal do paraense pela população local, se deve ao 200 anos de De modo que é já no pré-evento do ciclo dos megaeventos mundiais, que se dá o processo de patrimonialização das festas populares, que se enquadram na legislação brasileira como bens culturais de natureza imaterial e registradas como celebrações 39 .…”
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