A vaginose bacteriana representa o distúrbio ginecológico mais prevalente em mulheres com idade reprodutiva e tem como etiologia principal a alteração da microbiota vaginal normal, composta predominantemente por lactobacilos, que inibem o crescimento e a adesão de patógenos fornecendo defesa local. O gênero Lactobacillus contém mais de 80 espécies, em que os predominantes no canal vaginal da mulher em idade reprodutiva são: L. crispatus (30,1%), L. jensenii (26,5%), L. gasseri (22,9%) e L. vaginalis (8,4%), destes o L. crispatus demonstrou ser o maior produtor de acido lático e o melhor protetor contra infecções. Devido as suas características benéficas, o L. crispatus poderia ser utilizado como biomarcador de saúde vaginal e como probiótico. Os lactobacilos vaginais usados como probióticos na recolonização e na manutenção da microbiota vaginal, combinados com antibióticos ou não, podem ser eficientes no tratamento e na prevenção de infecções vaginais. Entretanto é preciso mais estudos para confirmar os benefícios do uso de probióticos no tratamento da vaginose.