As anomalias congênitas são distúrbios de desenvolvimento de origem pré-natal presentes ao nascimento e podem ser estruturais, funcionais ou metabólicas. Medidas de diagnóstico, planejamento do pré-natal e acompanhamento contínuo são necessários para a detecção precoce dessas anomalias, e para tanto é necessário conhecer a epidemiologia de tais doenças. Diante disto, esta pesquisa teve o objetivo de analisar o perfil epidemiológico das anomalias em nascidos vivos, no Nordeste (2011-2020). Foi realizada pesquisa epidemiológica, descritiva, quantitativa, de série temporal, com dados do SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos –DATASUS. Os dados foram importados do SINASC para o programa excel, onde foram tabulados e elaborados gráficos e tabelas, depois exportados ao BIOESTAT 5.3, para realização da estatística descritiva. O perfil epidemiológico encontrado demonstrou maioria de: sexo masculino, raça parda, peso (3000g a 3999g) e apgar 5° minuto (8 a 10). As principais malformações congênitas foram: osteomuscular, deformidade dos pés e do sistema nervoso. Os Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão foram os que apresentaram a maior quantidade de registros. As mães, possuem faixa etária entre 20 e 29 anos, com baixo grau de instrução, solteiras, gestação única, com duração entre 37 a 41 semanas. O pré-natal foi realizado de modo inadequado e o tipo de parto cesáreo. Assim, existe a necessidade de traçar novas estratégias de saúde pública para viabilizar o acesso das gestantes ao pré-natal, sendo este um desafio do Estado, da iniciativa privada, das instituições de ensino e da sociedade civil como toda.