Streptococcus agalactiae em gestantes: prevalência de colonização e avaliação da suscetibilidade aos antimicrobianos

Abstract

Objetivos: verificar a ocorrência de colonização por Streptococcus agalactiae em gestantes e avaliar a suscetibilidade das amostras isoladas aos antimicrobianos. Métodos: foram avaliadas 167 grávidas entre a 32 a e a 41 a semana de gestação, independente da presença ou não de fatores de risco, atendidas no ambulatório de pré-natal entre fevereiro de 2003 e fevereiro de 2004. O material vaginal/anal, colhido com um único swab, foi inoculado em caldo Todd-Hewitt acrescido de ácido nalidíxico (15 μg/mL) e gentamicina (8 μg/mL), com posterior subcultura no meio de ágar sangue. A identificação foi feita por meio da avaliação da morfologia e tipo de hemólise das colônias no meio de ágar sangue, teste da catalase, teste de cAMP e testes sorológicos. A avaliação da suscetibilidade aos antimicrobianos foi realizada pelos testes de difusão e de diluição em ágar. A análise estatística foi realizada por meio do teste de χ 2 ; valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: a freqüência de colonização foi de 19,2%, sem diferenças significativas com relação à idade, número de gestações, ocorrência de abortos e presença ou ausência de diabete melito (p>0,05). Todas as 32 amostras isoladas foram sensíveis a penicilina, cefotaxima, ofloxacina, cloranfenicol, vancomicina e meropenem. A resistência a eritromicina e clindamicina foi detectada em 9,4 e 6,2% das amostras, respectivamente. Conclusões: a incidência relativamente elevada (19,2%) de colonização por S. agalactiae entre as gestantes avaliadas e o isolamento de amostras resistentes, especialmente aos antimicrobianos recomendados nos casos de alergia à penicilina, enfatizam a importância de detectar esta colonização no final da gravidez, associada à avaliação da suscetibilidade aos antimicrobianos, para uma prevenção eficaz da infecção neonatal.

Detection of Group B Streptococcus in Brazilian pregnant women and antimicrobial susceptibility patterns

“…This worldwide variability is related to different sociocultural, geographic, climatic, biological and methodological determinants. Brazilian studies have found rates ranging from 5 to 25% (3,5,22,23,26,29,30). Our finding of a 32.6% rate of GBS prevalence using the genetic detection directly from the enrichment culture is worrisome and the highest reported in the country to our knowledge so far.…”

“…As the culture-PCR based method, in our study, showed higher GBS detection rates, and two genetic markers were targeted, we believe that Although vancomycin is not a first line drug for prophylaxis of perinatal streptococcal disease, some enterococci and Staphylococcus aureus (28) isolates have been proving resistant to this antibiotic. This trend notwithstanding, no vancomycin-resistant GBS isolates have been identified (2,5,10,24,28). In the light of the findings, vancomycin may be considered a better option for prophylaxis of patients allergic to penicillin.…”

<b> COLONIZATION PREVALENCE AND SUSCEPTIBILITY OF Streptococcus agalactiae IN PREGNANT WOMEN AT HUSM </b>

“…19 In Rio de Janeiro prevalence rates of 19.2% were found from 2003 to 2004. 20 A study accomplished at the Center for Integral Attention to Women's Health at the University of Campinas in 2003 and 2004 found the rate ofmaternal GBS colonization of 27.6%. 6 In São Luis -Maranhão, the prevalence was 20.4% from 2005 to 2006.…”

“…Erythromycin and clindamycin are the drugs of choice for prophylaxis in women colonized by GBS who are allergic to penicillin. 1 Although most strains are susceptible to penicillin, 14,15,20,23,24 the increased use of erythromycin and clindamycin in patients allergic to penicillin or for the prevention and treatment ofother infections, has shown growth rates of GBS resistance to these antimicrobial agents in many countries, including Brazil. 15,20 A study made from 1994 to 1999 in Rio de Janeiro found in colonized women 5.4% and 1.1% of GBS resistance to erythromycin and clindamycin, respectively.…”

“…1 Although most strains are susceptible to penicillin, 14,15,20,23,24 the increased use of erythromycin and clindamycin in patients allergic to penicillin or for the prevention and treatment ofother infections, has shown growth rates of GBS resistance to these antimicrobial agents in many countries, including Brazil. 15,20 A study made from 1994 to 1999 in Rio de Janeiro found in colonized women 5.4% and 1.1% of GBS resistance to erythromycin and clindamycin, respectively. 25 15 In relation to susceptibility of four pregnant women colonized by GBS in the present study, we found no resistance to the tested antimicrobials.…”