O câncer de pâncreas é considerado um dos tumores sólidos mais agressivos, sendo uma das principais causas de mortalidade oncológica no mundo. 90% dos casos diagnosticados são do tipo adenocarcinoma e o principal local acometido é a cabeça do pâncreas. A origem do câncer pancreático ainda não é muito bem elucidada, porém possui alguns fatores de risco como alcoolismo, tabagismo, diabetes, consumo elevado de café e história de pancreatite crônica. Este câncer possui uma difícil detecção, pois quando se torna sintomático já está em estágio avançado sem possibilidade de ressecção cirúrgica. O presente estudo teve como objetivo analisar a epidemiologia do câncer de pâncreas no Sudeste nos últimos 5 anos, observando sua incidência e mortalidade. É um estudo do tipo transversal, observacional e retrospectivo com base em dados secundários da plataforma digital do DATASUS- Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde. Os dados coletados foram o número de internações e óbitos, estratificando os dados por faixa etária. Foi encontrado um total de 27.794 internações e 6.943 óbitos que foram aumentando de número com o decorrer dos anos. A faixa etária mais acometida foi entre 60 a 69 anos e a taxa de mortalidade foi maior em pacientes com 80 anos ou mais. Outros estudos também relatam essa alta incidência e mortalidade, por ser um câncer agressivo e com diagnóstico tardio. Desta forma se torna importante uma melhora na abordagem diagnóstica, para futuramente proporcionar um diagnóstico mais precoce, promovendo uma sobrevida maior para estes pacientes.