A modificação nos hábitos alimentares da população brasileira em busca da melhoria na qualidade de vida e longevidade tem incentivado a procura por alimentos saudáveis, de excelente qualidade sensorial e garantia de sanidade, aumentando o consumo de hortaliças e frutas frescas (DURIGAN, 2004). O processamento mínimo objetiva suprir essas necessidades, disponibilizando produtos frescos, limpos, convenientes, preparados e adequados para o consumo em menor tempo (CANTWELL;SUSLOW, 2002). Consequentemente, ocorre a agregação de valor aos produtos, maior aproveitamento da produção, redução das perdas pós-colheita e maior eficiência no manejo de resíduos (MATTIUZ, 2004).Apesar das vantagens apresentadas por estes produtos, há problemas em sua conservação. A utilização de atmosfera modificada e redução da temperatura de armazenamento aumentam a vida útil de diversas hortaliças e frutas minimamente processadas (RINALDI; BENEDETTI, 2004;TELES et al., 2005). Atmosferas com 2 a 8% de O 2 e 5 a 15% de CO 2 têm potencial para aumentar a vida útil e viabilizar a comercialização destes produtos. Porém, para cada vegetal existe uma atmosfera específica que maximiza sua durabilidade (CANTWELL; SUSLOW, 2002). Para o repolho minimamente processado, a temperatura indicada para a conservação varia de 0 a 5 °C (CANTWELL; SUSLOW, 2002) e a ótima concentração de O 2 está entre 2,2 e 4,3% (KAWANO, 1984). Por outro lado, o repolho inteiro apresenta excelentes condições de armazenamento e transporte na temperatura de 0 a 5 °C e 2 a 3% de O 2 e 3 a 6% de CO 2 (KADER; SINGH; MANNAPPERUMA, 1998). Entretanto,