RESUMOO presente artigo utilizou a metodologia da pesquisa bibliográfica em bancos de dados eletrônicos e livros referenciais para contextualizar a formação generalista do profissional da área da saúde, a transposição do modelo flexneriano para o modelo interacionista. As novas orientações trazem foco na atenção básica, envolvem medidas preventivas ao processo saúde-doença e utilizam como ferramenta de trabalho as relações interpessoais. Abordaram-se os objetivos educacionais, segundo a Taxionomia de Bloom, para demonstrar a integralidade da educação. Foi explorado o ensino e a aprendizagem do domínio afetivo, sua relevância no sistema educacional na formação de pessoas com capacidade de utilizar conhecimentos para transformar a sua realidade de modo favorável, tanto quanto a sua realização profissional e pessoal. As habilidades afetivas podem ser ensinadas e aprendidas, mas representam um desafio teórico e metodológico suas técnicas de avaliação na promoção de mudanças internalizadas. Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Habilidades afetivas. Saúde.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOAs universidades assumem grande responsabilidade de transmitir o saber, desenvolver a capacidade intelectual e sócio-afetiva na formação integral do aluno para gerar profissionais com Entre as décadas de 1980 e 1990 as instituições de ensino superior receberam críticas, divulgadas nos meios de comunicações. Algumas áreas para a formação do profissional da saúde estavam em desarticulação entre a teoria e a prática, o processo saúde e doença, além do modelo de uso do hospital universitário como centro de atividades práticas, com ênfase nas especialidades, não privilegiando o indivíduo como um ser integral. Frente às necessidades por qualidade e melhorias na gestão universitária, iniciou-se o uso do termo "avaliação institucional" (STELLA et al., 2009). Deste modo, na década de 1990, a Associação Brasileira de Educação Médica foi uma das pioneiras ao coordenar o movimento de avaliação das escolas médicas. Este