ResumoA Oiticica é uma espécie típica de matas ciliares da caatinga verdadeira. Sua amêndoa constitui cerca de 70 % do fruto e contém de 60 a 63 % de óleo que em sua composição química, apresenta, principalmente, os ácidos graxos licânico (70 a 80%) e o linolênico (10 a 12%). O objetivo do presente trabalho foi produzir biodiesel através da hidrolise do óleo e esterificação do ácido graxo respectivamente. Procurando formas mais limpas, seguras, rápidas e eficientes para produção de biodiesel foi utilizado a catalise heterogênea, usando iodeto de potássio suportado na peneira molecular MCM-41 em diferentes proporções, apesar de desorganizado, a estrutura do material não foi destruída, sendo propicia para as reações. O trabalho avaliou as propriedades físico-químicas do óleo de oiticica extraído da semente verde comparando-as com as de semente madura. A fim de obter um biodiesel mais puro foi realizada uma hidrolise no óleo com duração de 3h, com todos os resultados foi possível observar que com a hidrolise é possível eliminar os materiais insaponificáveis e ácidos graxos livres existentes no óleo bruto, deixando o material mais adequado e mais limpo para futuras conversões a biodiesel. Posteriormente a hidrolise seguiu a esterificação do ácido graxo no tempo de 6h. Com todos os materiais hidrolisados e esterificados, as caracterizações realizadas no biodiesel foram índice de acidez e índice de iodo nos seguintes materiais: óleo bruto, ácido graxo pós-hidrolisado e KI-MCM-41(2,5%; 7,5%). Com a impregnação do KI ao MCM-41 foi observado que a esterificação não ocorre de forma satisfatória e que as cadeias dos ácidos graxos aumentam, ou seja, ocorre dimerização, efeito que depende da concentração de KI no catalisador e aumenta com o aumento deste.Palavra Chave: Oiticica, semente verde, biodiesel, catalise heterogênia, MCM-41