ResumoO petróleo é um elemento que influência as relações contemporâneas do mundo, desde que se tornou a matriz energética básica da sociedade. Porém com a crise do petróleo e o surgimento de movimentos ambientalistas, vem-se procurando alternativas energéticas a fim de diminuir a dependência centrada nos combustíveis fósseis. Neste sentido o biodiesel se apresenta como uma alternativa viável, devido ao fato ser originado de biomassa renovável. No Brasil, é obrigado por lei que 7% de biodiesel seja adicionado ao diesel, e a tendência é aumento dessa quantidade. Atrelado a isso surge à necessidade de matérias-primas alternativas como o girassol, começarem a ser utilizadas em maior escala para a síntese de biodiesel e produção de ecodiesel necessário ao atendimento da legislação. O girassol apresenta-se como opção viável no Nordeste, devido a sua adaptação às diversas condições dessa região com boa produtividade. Neste sentido aumenta-se a necessidade de melhorar os processos de síntese e de análise das propriedades físico-químicas e estruturais de seu biodiesel e dos ecodieseis produzidos com ele. Este trabalho analisou as propriedades físico-químicas e as características estruturais do biodiesel de girassol e de suas misturas (ecodiesel) com diesel de petróleo. O biodiesel foi sintetizado via transesterificação, utilizando a catálise homogênea básica e as misturas foram feitas nas concentrações de 2.5, 7.5, 10, 25, 50, 75 % de biodiesel em diesel puro. Foram analisados os índices de iodo e peróxido, também realizados a caracterização por espectroscopia na região do infravermelho e análises térmicas. A Análise termogravimétrica mostrou uma conversão dos triglicerídeos em ésteres metílicos de 98,1%, conversão acima do recomendado (96%). As análises de índice de iodo e peróxido realizadas nas misturas mostraram que à medida que se aumenta a quantidade biodiesel nas misturas o material se torna mais susceptíveis a oxidação, isso ocorre devido a quantidade de ácidos graxos insaturados presente na matéria prima utilizada na produção do biodiesel. Pode se concluir que ocorreu a conversão de óleo em biodiesel, tanto por FT-IR que apresentou as absorções típicas dos ésteres em todas as misturas, quanto por TG que apresentou uma enorme diferença nos pontos de volatilização do óleo em comparação com o do éster. As análises de índice de iodo e peróxido mostram que medida que se aumenta a quantidade biodiesel nas misturas, o mesmo se tornam mais susceptíveis a oxidação.
The Biodiesel is renewable fuel constituted for monoalkyls esters of fatty acids, can be produced by vegetable oil, animal fat and even residual oils from food industry. However the most used oleaginous to produce is soy, being necessary search for another king of oleaginous that do not enter the food market competition. A research about oleaginous is necessary to evaluate the physical-chemical properties. The Oiticica Tree is a typical species from riparian forests of the caatinga. Its fruit is composed 70 % for a nut and content between 60 and 63% of oil in its chemical composition, presently mainly the licorice fatty acids (70 up to 80%) and linolenic (10 up to 12%). This study analyzed the physicochemical properties of the extracted oil from Oiticica Tree green nut in comparison with extracted oil from mature nuts in available studies. The Biodiesel from green nut was produced using as catalysts MCM-41 impregnated with potassium iodide (KI) in the concentrations 2,5 and 7,5%. The impregnation with KI slightly disorganized the structure and altered the textural properties of MCM-41 increasing the pore diameter and reducing pore volume and surface area, but the main typical peaks of MCM-41 were not destroyed. Before the application, the oil was hydrolyzed for the elimination of unsaponifiable materials after that a fatty acid esterification with different proportions of KI. The result was conversion of fatty acids preferably in acid esters, but also had the formation of materials of higher molar mass not identified in this study. In this way we can see that the oil from green seed in comparation with matures seed have different properties being necessary the pre-treatment for biodiesel reaction and the used catalysts provides different percentages of conversion to methyl esters.
ResumoA Oiticica é uma espécie típica de matas ciliares da caatinga verdadeira. Sua amêndoa constitui cerca de 70 % do fruto e contém de 60 a 63 % de óleo que em sua composição química, apresenta, principalmente, os ácidos graxos licânico (70 a 80%) e o linolênico (10 a 12%). O objetivo do presente trabalho foi produzir biodiesel através da hidrolise do óleo e esterificação do ácido graxo respectivamente. Procurando formas mais limpas, seguras, rápidas e eficientes para produção de biodiesel foi utilizado a catalise heterogênea, usando iodeto de potássio suportado na peneira molecular MCM-41 em diferentes proporções, apesar de desorganizado, a estrutura do material não foi destruída, sendo propicia para as reações. O trabalho avaliou as propriedades físico-químicas do óleo de oiticica extraído da semente verde comparando-as com as de semente madura. A fim de obter um biodiesel mais puro foi realizada uma hidrolise no óleo com duração de 3h, com todos os resultados foi possível observar que com a hidrolise é possível eliminar os materiais insaponificáveis e ácidos graxos livres existentes no óleo bruto, deixando o material mais adequado e mais limpo para futuras conversões a biodiesel. Posteriormente a hidrolise seguiu a esterificação do ácido graxo no tempo de 6h. Com todos os materiais hidrolisados e esterificados, as caracterizações realizadas no biodiesel foram índice de acidez e índice de iodo nos seguintes materiais: óleo bruto, ácido graxo pós-hidrolisado e KI-MCM-41(2,5%; 7,5%). Com a impregnação do KI ao MCM-41 foi observado que a esterificação não ocorre de forma satisfatória e que as cadeias dos ácidos graxos aumentam, ou seja, ocorre dimerização, efeito que depende da concentração de KI no catalisador e aumenta com o aumento deste.Palavra Chave: Oiticica, semente verde, biodiesel, catalise heterogênia, MCM-41
Resumo: O biodiesel é um dos biocombustíveis que vem tendo destaque na produção mundial de energias alternativas. Uma opção de oleaginosa que se destaca para produção de biodiesel é o girassol, uma cultura que apresenta características favoráveis sob o ponto de vista agronômico, como ciclo curto, elevada qualidade e bom rendimento em óleo (aproximadamente 48 a 52%). O girassol apresenta boa tolerância à seca e ao calor, podendo tornar-se uma importante alternativa para o semiárido brasileiro. No Brasil, a utilização dos óleos vegetais puros como combustíveis não está autorizada. A Lei nº 11.097, determina que todo diesel vendido no país, deve ser constituído pela mistura de óleo diesel/biodiesel, conforme especificação da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Atualmente é obrigatório a mistura de 7 % de biodiesel no óleo diesel. Assim se faz necessário estudar o comportamento das misturas para observar se obedecem a legislação, o que é feito pela verificação do valor de algumas propriedades que tem limites máximos ou mínimos e métodos de análise pré-estabelecidos. Nesse trabalho objetivou-se produzir o ecodiesel nas proporções B2.5, B7.5, B10, B25, B50 e B70 a partir do biodiesel de girassol, caracterizá-los via propriedades físico-químicas e térmicas e verificou se os mesmos obedecem a legislação vigente. Foram determinadas as propriedades físico-químicas: viscosidade, densidade, índice de saponificação, ponto de fulgor e combustão do biodiesel e dos ecodieseis e realizadas as análises termogravimetricas (TG/DTG). Os resultados obtidos via TG e DTG mostram que óleo de girassol, apresentou uma única perda de massa que ocorreu na temperatura de 415 °C. Essa única etapa de decomposição pode ser atribuída à volatilização e/ou decomposição dos triglicerídeos. O biodiesel apresentou apenas uma única perda de decomposição térmica na temperatura de 265 °C, referente a volatilização e/ou decomposição dos ésteres metílicos. Os resultados mostraram que a conversão de triglicerídeos em ésteres metílicos foi de 98,1 %. As propriedades físico-químicas densidade e viscosidade do biodiesel apresentaram-se fora das especificações da ANP. Para os ecodieseis ainda não existem normas para todas as quantidades que foram analisadas. Foi observado que os valores de viscosidade, densidade, índice de saponificação e ponto de fulgor e combustão são proporcionais ao aumento da quantidade de biodiesel nas misturas (ecodieseis), sendo este um resultado esperado, devido ao acréscimo dos ésteres (biodiesel) que possuem massa molecular maior que a dos hidrocarbonetos presentes no diesel. Este acréscimo gera uma maior lubricidade, reduzindo a quantidade de lubrificantes a ser adicionado ao diesel. O resultado do ponto de fulgor indica que o biodiesel e os ecodieseis possuem maior segurança no armazenamento, em relação ao diesel.Palavras-chave: Biodiesel de girassol; ecodiesel; caracterização. ______________________________________________
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