A Química Combinatória (QC) é atualmente uma das mais promissoras ferramentas para a descoberta e o desenvolvimento
INTRODUÇÃOApesar do crescente desenvolvimento e dos evidentes avanços científico e tecnológico da indústria farmacêu-tica, existem ainda inúmeras doenças que necessitam de novos fármacos, com melhor perfil terapêutico para o seu tratamento, como por exemplo SIDA, Alzheimer, câncer, malária, entre outras (Wermuth, 1996). Assim, a busca por novos agentes terapêuticos ainda se faz necessária nos tempos de hoje.Historicamente, a pesquisa para a descoberta de novas substâncias biologicamente ativas vem seguindo processo seqüencial, em que a síntese dos compostos ocorre de maneira artesanal, isto é, uma molécula de cada vez, escolhendo-as a partir de substâncias de origem natural ou sintética e, depois de exaustivas etapas de isolamento, purificação e caracterização, o candidato a protótipo de fármaco é submetido a testes para detecção de eventuais atividades farmacológicas (Gedeck, Willett, 2001). Este processo clás-sico é amplamente empregado em laboratórios de pesquisa de instituições de ensino e empresas farmacêuticas, mas apresenta como desvantagem o fato de ser relativamente lento e gerar reduzido número de derivados diferentes.Atualmente, o planejamento racional de fármacos fundamenta-se basicamente no conhecimento da estrutura molecular dos receptores, o que possibilita elaborar substâncias com perfis farmacológicos mais definidos. Para tanto, as hipóteses são elaboradas fundamentando-se no conhecimento das propriedades físico-químicas dos compostos ativos e seus respectivos sítios moleculares de ação (Folkers, Kubinyi, 1997). Entretanto, como muitas vezes a estrutura dos receptores não é conhecida admite-se que a gênese de moléculas potencialmente bioativas seja realizada sem levar em conta sua natureza (Villar, Koehler, 2000).