A fim de desenvolver um protocolo de produção de mudas de seringueira que atenda as determinações da Resolução SAA-24 objetivou-se avaliar a taxa de sobrevivência da enxertia em porta-enxertos produzidos em viveiro suspenso. Dentre os métodos de propagação vegetativa existentes, testou-se a enxertia por borbulhia, a enxertia por garfagem fenda cheia e a enxertia por garfagem fenda lateral em 452 porta-enxertos de seringueira. Avaliou-se o efeito do diâmetro dos porta-enxertos, diâmetro do enxerto, relação diâmetro do enxerto/diâmetro do porta enxerto, época do ano, estádio fenológico e método de enxertia na sobrevivência das mudas. Obteve-se sucesso na enxertia de mudas produzidas em viveiro suspenso, tanto o método de borbulhia quanto pelo método de garfagem fenda cheia. Ajustes quanto à temperatura e umidade da casa de vegetação e quanto ao excesso de látex na fenda de enxertia devem ser realizados para se obter maior sobrevivência na enxertia por garfagem em fenda cheia. Não se obteve sucesso com o método de garfagem em fenda lateral. Observou-se que assim como no sistema convencional, o sucesso da enxertia em mudas produzidas em viveiros suspensos apresenta grandes variações ao longo do ano, sendo o verão, a época em que obteve-se maior sucesso. É possível produzir mudas de seringueira em viveiro suspenso pelo método de enxertia por borbulhia, a pleno sol, com um ciclo de 12 meses sendo que com o diâmetro de 7,2 mm, já é possível ter boa soltura de casca e boa sobrevivência da enxertia por borbulhia. Para a enxertia por garfagem, o maior sucesso foi obtido quando utilizou-se enxertos no estádio fenológico C.