, ANTONIO FERNANDO PACHECO NINO 3 , LETÍCIA VANNI FERREIRA 4 RESUMO -Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o potencial de multiplicação in vitro de sete cultivares de amoreirapreta: Brazos, Cherokee, Comanche, Ébano, Guarani, Tupy e Xavante. Utilizou-se protocolo da Embrapa Clima Temperado empregado em laboratórios comerciais. A desinfestação dos explantes foi realizada em soluções à base de álcool e hipoclorito de sódio; a cultura dos meristemas em meio semi-sólido MS com 1 mg L
IN VITRO POTENTIAL OF MULTIPLICATION OF BLACKBERRY CULTIVARABSTRACT -The aim of this work was to evaluate the in vitro potential of multiplication of seven blackberry cultivars: Brazos, Cherokee, Comanche, Ébano, Guarani, Tupy and Xavante. A commercial micropropagation protocol from Embrapa Clima Temperado was used. The explant desinfestation was carried out in solution of alcohol and sodium hypochlorite.
INTRODUÇÃOA amoreira-preta pertence à família Rosaceae, gênero Rubus, que compreende mais de trezentas espécies nativas da Europa, África, Ásia e América, inclusive do Brasil (Santos et al., 1997). As plantas são de hábito de crescimento arbustivo de porte ereto ou rasteiro, e os frutos são do tipo agregado, com 4 a 7 gramas de peso, sabor ácido a doce-ácido e coloração negra, sendo comercializados in natura ou na forma industrializada (Antunes, 2002). A cultura destaca-se pela grande demanda por mão-de-obra e pela alta rentabilidade por área, tornando-se apropriada para a agricultura familiar, inclusive para sistemas de produção orgânica e agroecológica .A área cultivada com amoreira-preta vem crescendo nos últimos anos, em função do sabor diferenciado e de suas propriedades nutracêuticas. Atualmente, no mundo, são cultivados aproximadamente 20 mil ha, sendo 38,5% na Europa, 36% na América do Norte, 8% na América Central, 8% na América do Sul, 7,5% na Ásia, 1,5% na Oceania e 0,5% na África (Clark, 2006). No Brasil, a área cultivada é de aproximadamente 250 ha, com incremento de 5% ao ano .Desde 1975, a Embrapa Clima Temperado vem conduzindo um programa de melhoramento genético da amoreira-preta, tendo lançado as cultivares Ébano, em 1981, Tupy, em 1988, Guarani, em 1988, e Xavante, em 2004. Nesse período, também foram introduzidas as cultivares Brazos, da Universidade Texas A&M, e a 'Comanche' e a 'Cherokee', da Universidade de Arkansas (Santos et al., 1997). As cultivares Tupy, Guarani, Cherokee e Xavante são as mais indicadas para os produtores que objetivam o mercado in natura, devido à menor acidez das frutas, enquanto as cultivares Ébano, Brazos e Comanche, à industrialização. As cultivares Tupy, Guarani, Brazos, Comanche e Cherokee possuem espinhos, enquanto as cultivares Ébano e Xavante não os apresentam, o que facilita os tratos culturais e a colheita, porém, normalmente, diminui a resistência das cultivares ao ataque de pragas. A cultivar Ébano é a que necessita de maior número de horas de frio para produzir, as cultivares Comanche e Cherokee apresentam exigência intermediária, enquanto que a 'Tupy',