Educação interprofissional e prática colaborativa na Atenção Primária à Saúde*

Abstract

RESUMO Objetivo Compreender as percepções de docentes, trabalhadores e estudantes sobre a articulação da educação interprofissional com as práticas na Atenção Primária à Saúde. Método Qualitativo compreensivo e interpretativo, cuja coleta de dados foi realizada de 2012 a 2013, por meio de 18 entrevistas semiestruturadas com docentes e quatro sessões de grupos focais homogêneos com estudantes, docentes e trabalhadores da Atenção Primária. Resultados A triangulação dos resultados possibilitou a construção de duas categorias: prática colaborativa centrada no usuário e barreiras para educação interprofissional. A primeira indicou a necessidade de mudança do modelo de atenção e de formação dos profissionais de saúde, e a segunda apontou dificuldades percebidas pelos diferentes atores sociais no que se refere à implementação da educação interprofissional. Conclusão A educação interprofissional é incipiente no Brasil e sinaliza possibilidades de mudança em direção à prática colaborativa, mas requer maiores investimentos na articulação ensino-serviço.

Autonomia da enfermeira na Atenção Primária: das práticas colaborativas à prática avançada

“…Collaborative competencies concern what can be shared between professions and the agents involved in the professional action. (6,(26)(27)(28) The Pan American Health Organization (PAHO) emphasizes collaborative practices as a strategy for increasing universal access to health in Latin America and maximizing the practice scope for each profession. Advanced Practice Nursing (APN) is another health innovation considered by PAHO as having potential to transform training and practice scenarios with the aim to expand access and improve population coverage.…”

“…(3,5) In view of the complexity of the population's health needs, PHC must implement effective forms of action by seeking the integration of knowledge and promoting collaborative interprofessional action in order to impact positively on health care. (6,7) The need to expand the population's access to qualified health professionals for working in PHC with quality, equity and completeness also offers possibilities for increasing competencies of the multiprofessional team, especially nurses' autonomy. (8,9) Autonomy is a component of professional practice and a prerequisite for higher professional satisfaction.…”

The challenges of teamwork in the family health strategy

“…Beyond that, professionals' training can constitute a barrier to the team's good development of the work as undergraduate programs not always prepare students to develop skills of interaction with other professionals. 3 It's important to highlight that in 2008, with the aim of amplifying primary health care resolutiveness other professionals were inserted in this context, through the Family Health Support Center (FHSC). It is constituted by professionals of different areas of knowledge (physical education, physiotherapist, speech therapist, nutritionist, occupational therapist, among others) that work on articulating FHS/primary care and initiatives such as street clinic and river area's teams.…”

Educação e práticas interprofissionais no Programa Mais Médicos: implicações na formação e no trabalho em saúde do contexto brasileiro

“…Para colocar a EIP em prática, alguns importantes desafios precisam ser superados nos níveis educacionais, organizacionais e profissionais, como: maior investimento em qualificação docente; desenvolvimento de lideranças com capacidade para condução da abordagem; oferta de suporte organizacional com o Profissionais do Setor de Saúde, da década de 1990, que propôs uma mudança de paradigma na educação desses profissionais a partir, principalmente, da crítica ao modelo flexneriano de formação médica em uma perspectiva interdisciplinar e multidisciplinar, com abordagens que se aproximam da EIP (49). De modo geral, com relação às estratégias da EIP, no País, houve maior avanço do trabalho em equipe e da prática interprofissional no cotidiano dos serviços de saúde, embora a utilização dessa abordagem no ensino na saúde ainda seja incipiente.…”

“…De modo geral, com relação às estratégias da EIP, no País, houve maior avanço do trabalho em equipe e da prática interprofissional no cotidiano dos serviços de saúde, embora a utilização dessa abordagem no ensino na saúde ainda seja incipiente. O conjunto de experiências mapeado demonstraram certa superficialidade e frágil suporte teórico com ênfase na EIP, circunstância que impulsiona para a necessidade de elaborar estratégias para apoiar os processos de implementação da EIP, como de se estabelecer uma rede colaborativa de educação e prática interprofissional, discussão que avança no cenário brasileiro (45,49,52).…”